O meu nome é
Silvia Maciel sou casada com Valmor Krambauer, juntos somos pais da
Cauane (neurotípica), de 17 anos, e da Giovana, de 5 anos e meio,
diagnosticada com Síndrome de Asperger ou Autismo de Alto Funcionamento
aos 3 anos.

A Giovana
nasceu em 25 de novembro de 2008, saudável e muito esperada por toda
família, quando bebê era um pouco quietinha, mas seu desenvolvimento era
considerado bom pelos pediatras, visto que, sentou, engatinhou e andou
no tempo normal. Por volta de um ano e meio, percebi que ela não falava,
mas balbuciava bastante, ela sempre manteve contato visual, mas às
vezes não respondia quando a chamávamos. Lembro-me que nesta época eu
achava que ela não gostava de mim, pois quando eu chegava do trabalho
ela não ficava feliz, a nossa chegada (minha e do pai) era indiferente
pra ela. Com dois anos ela ainda não falava, era irritada, chorava
muito, tinha ataques de birra, não aceitava alterações na rotina,
conversei sobre isso com o pediatra, ele me disse que não era nada, mas
diante da minha insistência me encaminhou ao Otorrino e ao
Fonoaudiólogo, ambos descartaram algum problema e ainda me culparam,
alegando que ela era uma criança mimada.
Mais um ano de angústia e espera pela fala funcional que não chegava, ao completar três anos a Giovana falava algumas palavras soltas, mas não as usava para se comunicar conosco e era muito ecolálica (repetia o que ouvia). Então resolvi levá-la a um neuropediatra em outra cidade (já que na minha não existia na época). Lá conseguimos descobrir o motivo pelo qual minha filha não conseguia se comunicar verbalmente, foi um período muito difícil pra todos na minha casa, eu chorei muito e para não encarar familiares e amigos, escrevi um e-mail relatando tudo e encaminhei a todos para que soubessem pelo que estávamos passando.
No auge do meu desespero, eu lia tudo que podia e encontrava sobre o assunto, e pra isso a internet foi a minha principal fonte, seguida dos livros. Certo dia encontrei o blog da Nataly Pessoa, Espaço Autista, lembro-me que li tudo sobre ela e em seguida a procurei no FB, neste dia meus horizontes se ampliaram, eu vi uma luz no fim do túnel, e a partir daí encontrei vários grupos sobre autismo, onde muitas mães trocam experiências e ajudam umas as outras. Lá nos grupos, fiz amizades valiosas e não posso deixar de dizer aqui o quanto sou grata a muitas mães, em especial a Adelle Martins que através de seus relatos com sua filha Letice, me dava a maior esperança de dias melhores, e eles vieram.
Mais um ano de angústia e espera pela fala funcional que não chegava, ao completar três anos a Giovana falava algumas palavras soltas, mas não as usava para se comunicar conosco e era muito ecolálica (repetia o que ouvia). Então resolvi levá-la a um neuropediatra em outra cidade (já que na minha não existia na época). Lá conseguimos descobrir o motivo pelo qual minha filha não conseguia se comunicar verbalmente, foi um período muito difícil pra todos na minha casa, eu chorei muito e para não encarar familiares e amigos, escrevi um e-mail relatando tudo e encaminhei a todos para que soubessem pelo que estávamos passando.
No auge do meu desespero, eu lia tudo que podia e encontrava sobre o assunto, e pra isso a internet foi a minha principal fonte, seguida dos livros. Certo dia encontrei o blog da Nataly Pessoa, Espaço Autista, lembro-me que li tudo sobre ela e em seguida a procurei no FB, neste dia meus horizontes se ampliaram, eu vi uma luz no fim do túnel, e a partir daí encontrei vários grupos sobre autismo, onde muitas mães trocam experiências e ajudam umas as outras. Lá nos grupos, fiz amizades valiosas e não posso deixar de dizer aqui o quanto sou grata a muitas mães, em especial a Adelle Martins que através de seus relatos com sua filha Letice, me dava a maior esperança de dias melhores, e eles vieram.

Na prática
iniciamos o uso de medicação e acompanhamento com a Fonoaudióloga,
Terapia Ocupacional e Pscicóloga. A fono Patrícia Bertiplagia teve um
papel ímpar em nossas vidas, pois além de estimular a Giovana ensinou
como eu deveria me portar com ela em casa, e assim pude fazer uma
intervenção também em casa. Resultado? Os avanços foram gigantescos, a
Giovana começou a falar, interagir, beijar, abraçar e fazer a maior
festa quando chegávamos do trabalho (um sonho se realizava). Hoje, com
cinco anos e meio, a Giovana ganhou alta da fono e da pscicóloga, está
sem tomar NENHUM remédio desde fevereiro/14 por orientação do
neuropediatra, e evolui a cada dia. Eu gostaria de dizer às mães que
estão no início da sua jornada com um filho autista em casa, que
confiem, que acreditem, pois dias melhores virão.