RELATO EMOCIONANTE DE UMA MÃE QUE LUTA PELA INCLUSÃO
Por Eliane Carmo Meira (mãe do Matheus)
Edição: Neiva Assis e Nataly Pessoa
Divulgação: Nataly Pessoa
Matheus
nasceu de parto cesariana em 1996, uma gravidez gemelar com um feto
natimorto, nasceu com 3,600 kg e 49 cm. Quando ele nasceu, eu percebi
que Matheus não abria os olhos na maternidade, mas como era mãe de
primeira viagem achava que ele estava sempre dormindo quando vinha para o
quarto. No dia da alta médica, o pediatra me perguntou porquê o
hospital estava solicitando uma consulta ao oftalmologista e eu disse
que deveria ser pelo fato de ele não abrir os olhos.
O médico me disse que já tinha o visto de olhos abertos. Quando o Matheus veio para o quarto que iríamos embora, resolvi com minhas próprias mãos, abrir os olhos dele. Foi aí que eu levei o primeiro susto…ele não tinha o globo ocular, eram dois buracos. Fiquei nervosa, assustada e sai pelos corredores gritando por uma enfermeira, para que o levasse de volta para o berçario, pois estava com medo de derrubá-lo do meu colo. Nisso meu marido ia chegando e foi aquela confusão. Ninguém tinha notado no berçário que ele era cego. Foi aquele tumulto, familiares chegando e brigando com o hospital, eu que não queria saber de nada, só do meu filho, o hospital não tinha oftalmologista disponível (pois ele nasceu no final de semana e não há plantão de oftamologista), enfim foi aquela bagunça…o hospital por sua vez não sabia responder tantas peguntas. O que eles queriam, era apagar aquele “fogo” que se formou para que outras pessoas não soubessem do assunto. Me lembro que me colocaram em um quarto lá no final do corredor e liberaram a visita. Como não tinha oftalmologista, o convenio falou para eu não sair de lá e esperar até resolver. Lembrei do pai de um ex aluno que era oftalmologista e pedi para buscá-lo, ele foi até o hospital, examinou o menino, depois de alguns minutos ele voltou e me disse: “Olha o seu filho nasceu com microftalmia, ele não desenvolveu o globo ocular, mas ele é cheio de saúde, pega seu filho e vai embora. Se o globo desenvolver bem, vamos ver o que dá para fazer, se não desenvolver com o tempo você põe uma prótese e pronto (a prótese seria apenas para estética, pois não existe olho bionico)”. Muito bem, assim eu fiz…Saí do hospital e já comecei a procurar os melhores oftalmologistas brasileiros, passei por vários. Em 1997 resolvi entregar ao Dr. Tadeu Cvintal aqui em São Paulo, que depois de alguns exames me disse que iria tentar um transplante de córnea, mas ele deixou claro que podia não dar certo…No dia que saiu a córnea para o transplante, Matheus estava internado com pneumonia…perdeu a córnea, em agosto de 1997 Matheus fez o transplante no Hospital Santa Catarina aqui em São Paulo, para fazer esse transplante eu fiz bingos, rifas para arrecadar dinheiro para a cirurgia que foi tudo particular. Enfim, conseguimos o dinheiro e fizemos o tal transplante, mas depois de muito gastos, muitas anestesias, muito sofrimento, o transplante não deu resultado. Pensei: “então agora vamos atrás de como cuidar dessa criança que nasceu sem manual de instrução”. Comecei a estudar, ler muito e procurar associações e entidades para atendê-lo. Aos quase treês anos, ele já estava sendo atendido pelo Laramara, referência em deficiência visual aqui em São Paulo. Matheus ficou lá por quase 5 anos, lá ele fazia estimulação precoce e passava pelo psicólogo. Nesse tempo Matheus já apresentava comportamento diferente das outras crianças cegas. Ele fazia muita birra, queria ficar subindo e descendo do elevador, ficar a maior parte do tempo deitado no chão com os pés para cima rodando alguma coisa com os pés (uma varetinha ou o que ele achava legal)…Durante todo esse tempo que ficou lá, não conseguiram entender porque ele tinha aquele comportamento. Achavam e falavam que ele era mimado, ele não conseguia trabalhar em grupo e passou a ser atendido sozinho por uma profissional colombiana, que desenvolvia um projeto sobre integração sensorial. Bem, ele foi para a escola regular aos quatro aninhos, lá apesar do acompanhamento da Laramara, ele tambem dava muito trabalho, mordia, batia, se jogava no chão, mas ficou nessa escola por três anos (foi onde ele se desenvolveu muito bem, pois apesar de tudo eles tinham um carinho enorme com ele e acabou quase que fazendo parte da família da dona da Escola), como o Laramara não trabalhava muito essa parte pedagógica, passei para ele ser atendido em um Centro Pedagógio para deficientes visuais em São Bernardo do Campo, lá ele tinha suporte para a parte pedagógica aprendia o Braille, Soroban e orientação e mobilidade e no contrataturno ele frequentava a escola regular, passou para outra escola onde ficou um ano e não conseguiram colocá-lo dentro da sala de aula, apesar de toda a adaptação dos materiais que eram enviados para a escola (isto porque eu pagava a escola e mais uma psicóloga que atendia na escola tambem). Em 2001, fui ao Rio de Janeiro no Instituto Beijamim Constant fazer um curso de alfabetização Braille e adaptação de materiais, pois eu teria que adaptar todo o material para a escola. Voltando ao Centro de apoio, lá tambem o Matheus não conseguia ser atendido no grupo, muitas vezes era preciso pegá-lo a força e levar para a sala de aula, que sempre acabava em agressões verbais e físicas com os professores e amigos. Lá tambem passaram a atendê-lo individualmente e tudo fluia muito bem. Em 2004 ele já estava na 3ª escola e sempre apresentando os mesmos problemas, com rituais e maneirismo, mais as agressões físicas e verbais (ah! Eu tambem apanhei muito, foram muitas mordidas, beliscões e tapas…mas só eu conseguia controlá-lo), em 2005 a escola não aguentando mais ele e querendo ficar livre mandou ele para o Conselho Tutelar ( foi uma fase terrível), acabei caindo na sala de uma Juiza que na época sugeriu que eu tirasse ele da sociedade. Eu sempre achei que ele era autista, mas todos diziam que não, que ele era mimado mesmo. Foi aí que uma amiga, só de olhar as atitudes dele desconfiou do autismo e me encaminhou para o HC de São Paulo. Pronto Matheus não era mais só cego era autista também (asperger??) COMECEI TUDO DE NOVO A ESTUDAR O AUTISMO, IR PARA CONGRESSOS, CURSOS.
O médico me disse que já tinha o visto de olhos abertos. Quando o Matheus veio para o quarto que iríamos embora, resolvi com minhas próprias mãos, abrir os olhos dele. Foi aí que eu levei o primeiro susto…ele não tinha o globo ocular, eram dois buracos. Fiquei nervosa, assustada e sai pelos corredores gritando por uma enfermeira, para que o levasse de volta para o berçario, pois estava com medo de derrubá-lo do meu colo. Nisso meu marido ia chegando e foi aquela confusão. Ninguém tinha notado no berçário que ele era cego. Foi aquele tumulto, familiares chegando e brigando com o hospital, eu que não queria saber de nada, só do meu filho, o hospital não tinha oftalmologista disponível (pois ele nasceu no final de semana e não há plantão de oftamologista), enfim foi aquela bagunça…o hospital por sua vez não sabia responder tantas peguntas. O que eles queriam, era apagar aquele “fogo” que se formou para que outras pessoas não soubessem do assunto. Me lembro que me colocaram em um quarto lá no final do corredor e liberaram a visita. Como não tinha oftalmologista, o convenio falou para eu não sair de lá e esperar até resolver. Lembrei do pai de um ex aluno que era oftalmologista e pedi para buscá-lo, ele foi até o hospital, examinou o menino, depois de alguns minutos ele voltou e me disse: “Olha o seu filho nasceu com microftalmia, ele não desenvolveu o globo ocular, mas ele é cheio de saúde, pega seu filho e vai embora. Se o globo desenvolver bem, vamos ver o que dá para fazer, se não desenvolver com o tempo você põe uma prótese e pronto (a prótese seria apenas para estética, pois não existe olho bionico)”. Muito bem, assim eu fiz…Saí do hospital e já comecei a procurar os melhores oftalmologistas brasileiros, passei por vários. Em 1997 resolvi entregar ao Dr. Tadeu Cvintal aqui em São Paulo, que depois de alguns exames me disse que iria tentar um transplante de córnea, mas ele deixou claro que podia não dar certo…No dia que saiu a córnea para o transplante, Matheus estava internado com pneumonia…perdeu a córnea, em agosto de 1997 Matheus fez o transplante no Hospital Santa Catarina aqui em São Paulo, para fazer esse transplante eu fiz bingos, rifas para arrecadar dinheiro para a cirurgia que foi tudo particular. Enfim, conseguimos o dinheiro e fizemos o tal transplante, mas depois de muito gastos, muitas anestesias, muito sofrimento, o transplante não deu resultado. Pensei: “então agora vamos atrás de como cuidar dessa criança que nasceu sem manual de instrução”. Comecei a estudar, ler muito e procurar associações e entidades para atendê-lo. Aos quase treês anos, ele já estava sendo atendido pelo Laramara, referência em deficiência visual aqui em São Paulo. Matheus ficou lá por quase 5 anos, lá ele fazia estimulação precoce e passava pelo psicólogo. Nesse tempo Matheus já apresentava comportamento diferente das outras crianças cegas. Ele fazia muita birra, queria ficar subindo e descendo do elevador, ficar a maior parte do tempo deitado no chão com os pés para cima rodando alguma coisa com os pés (uma varetinha ou o que ele achava legal)…Durante todo esse tempo que ficou lá, não conseguiram entender porque ele tinha aquele comportamento. Achavam e falavam que ele era mimado, ele não conseguia trabalhar em grupo e passou a ser atendido sozinho por uma profissional colombiana, que desenvolvia um projeto sobre integração sensorial. Bem, ele foi para a escola regular aos quatro aninhos, lá apesar do acompanhamento da Laramara, ele tambem dava muito trabalho, mordia, batia, se jogava no chão, mas ficou nessa escola por três anos (foi onde ele se desenvolveu muito bem, pois apesar de tudo eles tinham um carinho enorme com ele e acabou quase que fazendo parte da família da dona da Escola), como o Laramara não trabalhava muito essa parte pedagógica, passei para ele ser atendido em um Centro Pedagógio para deficientes visuais em São Bernardo do Campo, lá ele tinha suporte para a parte pedagógica aprendia o Braille, Soroban e orientação e mobilidade e no contrataturno ele frequentava a escola regular, passou para outra escola onde ficou um ano e não conseguiram colocá-lo dentro da sala de aula, apesar de toda a adaptação dos materiais que eram enviados para a escola (isto porque eu pagava a escola e mais uma psicóloga que atendia na escola tambem). Em 2001, fui ao Rio de Janeiro no Instituto Beijamim Constant fazer um curso de alfabetização Braille e adaptação de materiais, pois eu teria que adaptar todo o material para a escola. Voltando ao Centro de apoio, lá tambem o Matheus não conseguia ser atendido no grupo, muitas vezes era preciso pegá-lo a força e levar para a sala de aula, que sempre acabava em agressões verbais e físicas com os professores e amigos. Lá tambem passaram a atendê-lo individualmente e tudo fluia muito bem. Em 2004 ele já estava na 3ª escola e sempre apresentando os mesmos problemas, com rituais e maneirismo, mais as agressões físicas e verbais (ah! Eu tambem apanhei muito, foram muitas mordidas, beliscões e tapas…mas só eu conseguia controlá-lo), em 2005 a escola não aguentando mais ele e querendo ficar livre mandou ele para o Conselho Tutelar ( foi uma fase terrível), acabei caindo na sala de uma Juiza que na época sugeriu que eu tirasse ele da sociedade. Eu sempre achei que ele era autista, mas todos diziam que não, que ele era mimado mesmo. Foi aí que uma amiga, só de olhar as atitudes dele desconfiou do autismo e me encaminhou para o HC de São Paulo. Pronto Matheus não era mais só cego era autista também (asperger??) COMECEI TUDO DE NOVO A ESTUDAR O AUTISMO, IR PARA CONGRESSOS, CURSOS.
Matheus
terminou o 9º ano…mas ele sabe um pouco de tudo, mas como autista,
geralmente ele só fala sobre computador, jogos de RPG para cegos, ele é
bom em línguas estrangeiras( principalmente espanhol) e tem fixação por
bíblias e regiões.
Os amigos dele são todos virtuais, tem apenas dois amigos que de vez em quando nos encontramos e a maioria deles são cegos, ele interrage bem com a familia, mas do jeito dele, prefere passar os dias dentro do quarto no computador. Lá, ele lê a bíblia, pesquisa as coisas de seu interesse (ah ele adora dubladores de personagens, conhece todos eles, sabe quem são, onde mora, quais os personagens que dublaram e fica atrás desses dubladores na net). Faz coleção de bonecos (personagens) tipo cocoricó, chaves, Turma do Mickey (coleciona DVD da Casa do Mickey Mouse) e smilinguido. Não suporta barulho de telefone, choro de criança, carros na rua, crianças e multidão de gente, geralmente ele tapa os ouvidos e se está na rua e o barulho incomodando ele fica paralisado, gritando de medo.
Os amigos dele são todos virtuais, tem apenas dois amigos que de vez em quando nos encontramos e a maioria deles são cegos, ele interrage bem com a familia, mas do jeito dele, prefere passar os dias dentro do quarto no computador. Lá, ele lê a bíblia, pesquisa as coisas de seu interesse (ah ele adora dubladores de personagens, conhece todos eles, sabe quem são, onde mora, quais os personagens que dublaram e fica atrás desses dubladores na net). Faz coleção de bonecos (personagens) tipo cocoricó, chaves, Turma do Mickey (coleciona DVD da Casa do Mickey Mouse) e smilinguido. Não suporta barulho de telefone, choro de criança, carros na rua, crianças e multidão de gente, geralmente ele tapa os ouvidos e se está na rua e o barulho incomodando ele fica paralisado, gritando de medo.
Não tem autonomia para comer, tomar banho e andar sozinho, depende de mim,
pois sua coordenação motora não é muito desenvolvida e como ele tem defesa tátil, fica complicado.
Já imaginou um cego que quase não usa as mãos!
Matheus não
aceita ficar sem estudar, apesar de sua inteligência, ele não tem
condições de frequentar a escola e dever do Estado proporcionar
professores que vão até sua casa, sendo que apesar de todas as
dificuldades ele é inteligente e um excelente digitador, sendo que
apesar de tudo e de todos Matheus, tem o direito a ter uma profissão.
A NOVELA
Em busca do ano letivo para o Matheus….
12/01/2012 –
Estive na Escola Anna Alcovita do Amaral para efetuar a matrícula
conforme calendário escolar levei os documentos pessoais, o atestado
médico (solicitando educação domiciliar), cópia da Deliberação CCE Nº
59/2006 (Art. 1º Aplica-se esta Deliberação a quaisquer casos de
alterações de saúde que impeçam a atividade escolar normal do discente,
pelas suas limitações que impõe ao mesmo ou pelos riscos que podem
ocorrer para ele próprio, para outros discentes e para os que têm
atribuições em instituição educacional ou que a ela comparecem,), fiz a
matrícula pq a Mari lise da D.E encaminhou, pois segundo a escola não
havia vaga para o 1º Ano do Ensino Médio.
Início das aulas 02/2012. ninguém me deu notícias sobre o deferimento do recurso.
06/02/2012 –
Liguei para o Conselho Estadual da educação (3255 2044 – 3258 6045),
falei com Ivani, Gilda (assistente Técnica) expliquei o caso e a mesma
solicitou que primeiro eu conversasse com a Diretora de Ensino e a
Supervisora da Diretoria de Ensino de Mauá.
Neste mesmo dia liguei para a escola, falei com a Rosana (diretora) e a mesma ficou de dar uma devolutiva.
Neste mesmo
dia liguei para o CAPE – SP (50904686) falei com a Eliane responsável
pelo Apoio Pedagógico aos Deficientes Visuais e a mesma me informou que
era só mandar um documento com a solicitação médica para que o material
fosse digitalizado por eles.
09/02/2012 –
Estive na escola e a Direção me pediu que fizesse uma solicitação por
escrito do material digitalizado, mesmo eu já tendo entregue a
solicitação médica do Hospital das Clínicas de SP.
Informaram-me
também que o atestado onde é solicitado “Educação Domiciliar” está em
desacordo com o Decreto 1044/69, pois segundo a Supervisora Marlene
Romero dos Santos o Estado não dispõe de professor para cumprir a
deliberação do Conselho Estadual de educação. Solicitaram um novo laudo
onde o “médico dele”, entende-se Dr. Estevão Vadasz explique o
comportamento do aluno em ambiente escolar. Expliquei que já havia
deixando dois relatórios da escola anterior onde dizia que o aluno não
conseguia permanecer na escola por mais de 40 minutos e que em casa ele
tinha um bom rendimento.
Cheguei em
casa liguei para a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (3218
2000 – 3218 8828 – 08007700012), falei com Aline depois com Thaís que me
pediu para verificar se esses documentos foram enviados pela DE de Mauá
para a Secretaria da Educação na Praça da República.
14/02/2012 –
Liguei para o Carlos Rohn (Escola onde o Matheus concluiu o 9º ano),
falei com a Laura Ceolin (Diretora) que prontamente providenciou novo
relatório, peguei o relatório e levei na EE Dona Anna Lacivitta do
Amaral e entreguei para a Direção.
15/02/2012 – Consulta no HC e como sempre cumpri o protocolo e solicitei relatório no registro geral do IPQ-HC.
24/02/2012 –
A Vice Diretora do Anna Lacivitta ligou informando que a escola também
solicitou relatório ao Hospital e se eu poderia retirar junto com o meu
no dia 28/02/2012.
Informou que
no dia 16/02/2012 a escola deu entrada junto ao fórum de Ribeirão Pires
com a Dr. Isabel (Vara da Infância e Juventude) as documentações para
que a mesma pudesse dar um parecer.
Liguei para o
Ministério Público (4828 1088) falei com o Carlos e o mesmo solicitou
que eu procurasse o MP nas Segundas e quartas- feira das 14 as 16 hrs.
28/02/2012 –
A Vice-diretora da escola (Beatriz) me ligou pedindo para levar o
Matheus no sai 29/02/2012 para uma avaliação diagnóstica de matemática.
Informou-me também que não haveria professor para acompanha-lo durante a
prova.
Liguei para a
Delegacia de Ensino de Mauá para falar com a Miriam (Supervisora da
Educação Especial) 4547 9540 e não a encontrei na D.E (4547 9566), falei
com um supervisor de plantão.
29/02/2012 –
Levei o Matheus para a escola onde foi disponibilizado um computador
com o DOSVOX na sala da Coordenadora, e a professora de matemática o
acompanhou, mas, a mesma, não conseguiu aplicar a prova, pois
identificou gráfico e figuras as quais o aluno não tinha como observar e
responder. Além da dificuldade do aluno e da própria professora que
tentou ajudar, ela justificou que existe uma linguagem que é só deles
que possuem essa síndrome e que a mesma não está acostumada a lidar, por
isso teve dificuldade de explicar os exercício a. Uma das dificuldade
relatadas pela professora que o acompanhou, foi que por ele não estar
tendo atendimento domiciliar com aprendizagem contínua, faz com que ele
esqueça o conteúdo já aprendido, pois é um processo contínuo. (isto tudo
registrado, documentado e assinado pela escola)
01/03/2012 –
Fomos à escola realizar a prova diagnóstica d Português. P professora
estava doente e não tinha outra para acompanha-lo, portanto “euzinha”
apliquei a prova que começou às 7 horas e 07h50min ele já havia
encerrado e feito todas as questões.
15/02/2012 –
Retirei com a Laura Ceolin (diretora do Carlos Rhon) o documento datado
em 04/2011, onde foi informado para a Delegacia de Ensino de Mauá, que o
aluno Matheus estaria na rede Estadual e suas condições de
aprendizagem, onde a supervisora pediu vistas do prontuário do aluno.
Levei cópia desse documento para a Direção do Anna Lacivitta.
19/03/2012 – Procurei um advogado para entrar com mandado de segurança.
21/03/2012 –
Fui ao fórum no Ministério Público falei com a Sonia e não encontraram
nada a respeito do Matheus no ano de 2012 e que provavelmente estava na
Vara da Infância e Juventude. Fui no 3º cartório e encontrei o processo
de Nº 49/12 que estava parado desde o dia 06/03/2012, quando o então
promotor de Justiça Dr. Estevão Luiz solicitou que fosse notificada a
D.E de Mauá e a Escola para prestar esclarecimento.
Neste mesmo dia fui informada que o processo retornaria para O M.P aos cuidados da Dra.Claudia que estava voltando de licença.
22/03/2012 –
Liguei para a Delegacia de Ensino em Mauá falei com Ricardo e pediu
para que eu procurasse a Supervisora Marlene no dia de plantão.
Liguei para a escola e a diretora não estava e a Shirley (Secretaria) ficou de pedir para a Beatriz me ligar.
28/03/2012 –
Liguei para a escola e falei com a Rosana (Diretora) e ela não tinha
nada pra me falar a respeito das aulas do Matheus. Disse que o Matheus
continua com faltas e que não pode mandar material para ele. Disse
também que vieram alguns materiais em Braille para ele, mas ela devolveu
para a delegacia de Ensino.
Ela ressaltou que já acionou o Conselho Tutelar.
04/04/2012 –
Solicitei para a Shirley (Secretária do La Civitta) o planejamento de
português e matemática para que eu pudesse acompanhar. Ela disse que a
Rosana estava ocupada e a Beatriz retornaria minha ligação.
Liguei para o
Conselho Tutelar falei com Valdirene que me informou que não há nenhum
documento a respeito do Matheus no Conselho. Informou que a Conselheira
Claudia é responsável pelos alunos do Anna Lacivitta do Amaral disse que
nada consta no Conselho.
09/04/2012 –
Liguei para o Lacivitta 4812 7452 falei com a Shirley e a mesma me
informou que a Rosana e a Beatriz estavam em atendendo pais, falei que
estava aguardando o retorno da ligação sobre o planejamento e ela disse
que passou o recado. Continuei aguardando a ligação.
23/04/2012 –
Liguei para a Escola e falei com a Diretora Rosana que me informou que
esteve no fórum de Ribeirão Pires na semana passada e que foi informada
que o processo 49/12 será arquivado e que o MP abrira um novo. (?????
Não entendi….)
Informou-me
também que na semana passada passou o caso para a Claudia do Conselho
Tutelar e que a Delegacia de Ensino de Mauá não falou mais nada sobre o
caso.
Liguei para o Conselho Tutelar (4824 8273) falei com o pinheiro que me informou que a Claudia não estava.
Neste mesmo
dia, o advogado que eu havia procurado me informou que o valor mínimo
para entrar com mandado de segurança era de R$ 2600,00, disse que não
tinha condições de pagar esse valor. Mais uma vez fiquei sem saber o que
fazer….
25/04/2012 – A Escola me ligou para eu ir retirar os cadernos do aluno.
26/04/2012 – O Altamir (Pai) retirou os cadernos do aluno digitalizado e em tinta.
27/04/2012 –
A Sonia do Ministério Público me ligou perguntando se havia resolvido
meu problema a respeito das aulas do Matheus e eu disse que não. Ela me
informou que o dever do Estado é só com o Ensino Fundamental, mas a Dra.
Denise iria tomar uma posição por ser uma criança com necessidades
Especial.
Informei que
na Lei 7853 de 24/10/1989, publicada no Diário Oficial da União de
25/10/1989 consta no Artigo 2º Responsabilidades do Poder Público na
área da educação diz “a inclusão, no sistema educacional, da Educação
Especial como modalidade educativa que abranja a educação precoce, a
pré-escolar, as de 1º e 2º graus, a supletiva, a habilitação e
reabilitação profissionais, com currículos, etapas e exigências de
diplomação própria;”.
02/05/2012 –
Liguei para a Claudia no Conselho Tutelar 4824 8273 e informei que em
2005 o Matheus esteve no Conselho Tutelar, pois o Centro Educacional
Bandeiras alegava problemas de comportamento no ambiente escolar, a
mesma ficou de me ligar depois que verificasse a documentação que havia
com ela.
07/05/2012 –
O Altamir levou um novo atestado na escola, conforme solicitação e
entregou para a Diretora, novamente o atestado veio da forma padrão.
08/05/2012 –
Liguei para a Escola, falei com a Rosana disse que eu estava preocupada
com o conteúdo escolar que o Matheus estava perdendo, solicitei a
possibilidade de tirar xerox do caderno de algum amiguinho de sala e ela
disse que ia ver……Meu Deus!!! Ninguém está preocupado com a situação do
Matheus…. Expliquei que ele está nervoso e com medo de repetir o ano.
10/05/2012 –
Recebi a Conselheira Tutelar Claudia aqui em casa. Expliquei a
situação, mostrei a ela onde o Matheus recebe os professores e faz suas
lições, mostrei a sala de recursos pedagógicos que tenho aqui em casa.
Entreguei todas as legislações e documentos a ela. A Conselheira ficou
de enviar o caso para a Vara da Infância e Juventude. Dei a ela o número
do processo de 2005 e o número do processo desse ano.
A diretora Rosana ligou solicitando minha presença na escola para retirar os cadernos do aluno.
11/05/2012 –
Fui à escola retirar os cadernos do aluno com a Rosana, ela também me
informou que no dia 14/05/2012 irá me enviar um pendrive com atividades
para o Matheus. Fui informada que toda documentação referente ao Matheus
estava com a D.E – Mauá.
11/06/2012 –
A Beatriz (Vice Diretora) ligou dizendo para eu passar na escola e
pegar um documento que veio da D.E- Mauá, onde estavam oferecendo vaga
para o Matheus no Núcleo Terapêutico Crescer em São Bernardo do Campo.
(4330 0513). Indaguei a Vice Diretora, que não estava entendendo tal
encaminhamento, já que o aluno já estava matriculado em sua escola,
portanto não necessitava de vago, muito menos em uma escola especial de
ensino fundamental, já que o aluno está matriculado e apto a cursar o 1º
ano do ensino médio.
Liguei para o
Núcleo Crescer e falei com Sharon (Coordenadora Pedagógica) que
estranhou o encaminhamento, já que em sua escola o atendimento é até o
5º ano do ensino fundamental.
Liguei para a Beatriz novamente e ela solicitou que eu informasse por escrito minha conversa com a coordenadora da Crescer.
15/06/2012 –
Fui ao Lacivitta buscar o encaminhamento da D.E de Mauá. Mais uma vez
falei que eles estavam tentando se livrar do Matheus.
Cheguei em
casa e liguei para o CAPE – Centro de Apoio Pedagógico de São Paulo
(50904607 – 5090 4609 – 5090 4604) falei com Mariângela, que me informou
que a responsável pela DE – Mauá é a Sra. Adriana Horta e que a mesma
não se encontrava para me atender. Informou também que a responsável
pelos casos de alunos autistas é a Sra. Queila Medeiros Veiga que tambem
não estava no local.
Eu e o
Altamir fomos conhecer a Escola Crescer e fomos recebidos pela
Coordenadora Sharon, que nos atendeu muitíssimo bem e com sua
experiência e 5 minutos de conversa já nos falou que a escola não tinha
nada a oferecer para o Matheus, já que só atende ensino fundamental I e
trabalham com o método ABA e o Matheus já se encontra no 1º ano do
ensino médio com condições de prosseguir seus estudos.
Valor da Escola: Meio Período R$ 871,20
Integral: R$ 1450,35 sem alimentação
Valor que o Estado paga de Bolsa R$ 1240,00
18/06/2012 – Dia do orgulho Autista
Liguei para o
Lacivitta e falei com a Rosana (Diretora), que fui visitar a escola
indicada. Solicitei a Grade de aulas do 1º ano do ensino médio.
Perguntei quanto ganha um professor de ensino médio por hora/aula e ela
me informou que é R$ 9,93. (Que vergonha!!!)
Seg Terça Quarta Quinta Sexta
Mat. Hist. Social. Mat. Artes
Biol. Hist. Sociol. Mat. Artes
Biol. Ing. Quím. Geo. Mat.
Mat. Ing. Quím. Ed. Fís. Filos.
Port. Port. Física Ed. Fís. Port.
Port. Port. Física Geo. Filos.
Calculando:
Hora/aula R$ 9,93 X 30 aulas semanais = R$ 297,90 X quatro semanas = R$ 1191,60 por mês
Valor da
Bolsa oferecida pelo Estado R$ 1240,00 – R$ 1191,60 mensais de um
professor = R$ 48,40 de créditos para o Estado se ele mandar três
professores eventuais para atender a Educação Domicilia do Matheus
???????
Liguei
novamente para o CAPE – SP e não encontrei a Queila, fui informada que
ela estava fazendo visitas em escolas. Falei com Mariângela que anotou
meu telefone e disse que me retornariam…. (estou esperando até hoje
06/08/2012 e nada)
20/06/2012 –
Fui à Escola e entreguei para a Beatriz o documento solicitado sobre a
minha visita no Núcleo Crescer. Deixei um documento onde eu solicitava a
justificativa para tal encaminhamento.
Ela me disse
que as crianças já estavam de férias, perguntei como ficaria a situação
do Matheus já que o mesmo está com faltas e sem aula. Ela disse que
iria conversar com a Supervisora de ensino.
26/06/2012- A
Rosana me ligou solicitando as atividades do Matheus informei que ele
não realizou e ela solicitou que enviasse o pendrive para a Escola, pois
teria que fechar as notas do 2º bimestre.
Expliquei
para ela que o Matheus não aceita que eu aplique as atividades, pois eu
sou mãe dele e não professora. Disse também que eu não tenho condições
de aplicar e ensinar atividades de Química, Física, Matemática, pois não
sou professora especializada, sou apenas mãe e não é de minha
competência. Perguntei se ela tinha conhecimento da legislação de
inclusão e se ela tinha noção do problema que estava causando ao
Matheus, simplesmente respondeu que não poderia fazer nada… apenas segue
ordens….
27/06/2012 –
Liguei novamente para o CAPE – SP e falei com a Tânia, expliquei toda a
situação novamente e ficaram de entrar em contato comigo. Deixei claro
que o caso do Matheus não é para Escola Especial e sim de AEE –
Atendimento Educacional Especializado na rede regular.
03/07/2012 –
A Beatriz (Vice Diretora) da escola ligou pedindo para eu buscar um
documento com mais dois encaminhamentos de Escola Especial.
Liguei
novamente para o CAPE – SP e tentei falar com Queila, Adriana Horta e
mais uma vez pediram para eu aguardar o retorno da ligação.
08/07/2012 – Busquei os encaminhamentos na escola e as escolas indicadas foram:
GAPI – Escola de Educação Especial de Ensino Infantil e Fundamental
Escola de Educação Especial Vivência Ltda.
Liguei para a
Vivência, deixei recado e a Sra. Carla me retornou informando que sua
escola não tinha nada para oferecer ao Matheus, visto que só atende
Ensino fundamental I.
06/07/2012 –
Matheus passou por nova avaliação no IPQ_HC, foi examinado pelo Dr.
Caio e depois pela Dra. Miriam que forneceu novo relatório médico, onde
mais uma vez solicitam educação domiciliar.
08/07/2012 –
Recebi a visita dos Professores Michelli (Que acompanhou o Matheus
durante três anos ministrando aulas de Português/Inglês e outras
matérias quando necessário em casa) e o Prof. Rony (Professor De
Mat./Física/Geometria que tambem já ministrou aulas para o Matheus) e os
mesmo indignados com a situação se propuseram a aplicar as Atividades
para o Matheus, pediram que eu solicitasse o pendrive com a escola, que
eles iriam ajudar.
10/07/2012 –
Fui à escola e entreguei o novo relatório médico para a Beatriz e um
documento por escrito para que justifiquem os novos encaminhamentos para
escola especial. Peguei novamente o Pendrive.
13/07/2012 – A Rosana me ligou para eu ir buscar a justificativa na escola.
17/07/2012 – Altamir retirou o documento na escola com a justificativa da Supervisão de Ensino.
Liguei para a Claudia no Conselho Tutelar e a mesma não pode atender. Deixei recado.
19/07/2012 –
A Claudia (Conselheira Tutelar) esteve em casa e eu entreguei uma cópia
do documento com a resposta da escola, cópia da legislação alegada na
justificativa e cópia do novo relatório médico autenticado. Ela ficou de
entregar na promotoria.
23,24. 25/07/2012 – Liguei para o Conselho Tutelar, mas não consegui falar com a Claudia, pois a mesma estava em atendimento.
26/07/2012 –
Liguei para a Claudia no Conselho Tutelar – 4824 8273 – ela me informou
que ainda não havia entregado os documentos na promotoria. Expliquei
que eu estava preocupada, pois na segunda-feira começavam as aulas e
ninguém resolveu a situação.
30/07/2012 –
Fui ao fórum e entreguei justificativa conforme solicitado com cópia
dos e-mails enviado pela Escola Vivência e Núcleo Crescer. Encontrei a
Claudia do Conselho Tutelar no fórum. O Carlos Assistente de promotoria
mandou aguardar que ele mesmo estava encarregado de montar uma ação
contra o Estado.
Também
encontrei a mãe da Tainá, que até agora não conseguiu interprete de
libras para a Tainá na Escola Dom José. A Tainá se formou junto com o
Matheus.
02/08/2012 –
A Claudia esteve aqui para me entregar às cópias dos documentos que eu
emprestei a ela e disse que tinha que aguardar.
Disse a ela que as aulas começaram e ninguém até agora me ligou da escola.
02
03,06/08/2012 – Ninguém da escola ligou para saber sobre o aluno. Cada
dia que passa o Matheus fica mais agitado, ansioso e repete sem parar
que não quer repetir o ano.
08/08/2012 –
Liguei para a Claudia do Conselho Tutelar perguntei se ela recebeu meu
e-mail e ela disse que sim. Liguei novamente para a escola e falei com a
Shirley, ela me informou que a Diretora Rosana estava em HTPC e que a
Vice Beatriz chegaria mais tarde. A Beatriz me ligou e disse que vai
mandar o pendrive com as matérias. Questionei que ele não poderia fazer
sozinho e ela respondeu que não poderia fazer nada. Solicitei isso por
escrito e ela disse que não poderia me dar.
Neste dia enviei e-mail para a TV bandeirantes e Recorde explicando minha situação.
09/08/2012 –
A TV Record retornou meu e-mail solicitando em telefone para entrar em
contato. Hoje o Rony veio dar aula de Biologia e Matemática para o
Matheus, ele não se conforma com o descaso do Estado para com o aluno.
10/08/2012 –
O Rony retornou e terminou a aula de matemática e deu aula de
Filosofia. Ele está fazendo o possível, mas alguns exercícios deveriam
ser adaptados funcionalmente pelos professores da escola.
Novamente
enviei e-mail para a Record com todos os documentos para que eles
pudessem se interar do assunto, inclusive cópia desse relatório.
13/08/2012 – A produtora da Record me ligou conversamos e ela disse que provavelmente essa semana viria gravar a entrevista.
Resolvi
então ligar mais uma vez para o CAPE – SP e a Mariângela muito
prestativa conseguiram me colocar em contato com a Queila Veiga.
Expliquei tudo pra ela, e ela ficou indignada, pois não saiu dela esses
encaminhamentos que tenho. E estou mandando agora com esse relatório.
Espero que seja o início de uma Luz, pois realmente estou sem forças….
14/08/2012 –
A Rede Record ligou confirmando a matéria – Tel.: 36620058 (Natália) e
adiou para amanhã as 09h30min. Liguei para a Rosana – diretora da
escola- e a mesma disse que não poderia receber a reportagem – 48237462.
Liguei para o
Ministério Público 48281088 onde a Sonia me informou que provavelmente
amanhã 15/08/2012 iria entrar com uma ACP – Ação Civil Pública.
15/08/2012 –
As 09h00minh a equipe da Record chegou – 2184 5510(Pauta) e 36620058
(Larissa ou Nathalia) – em casa com a Repórter Leniza Krauss, mostrei
toda documentação, atestados, legislação e atividades enviadas pela
escola.
Depois ela
entrevistou o Matheus e mostrou o local onde ele gosta de ficar “no
quarto com seus computadores”, depois entrevistou o Altamir (Pai).
Saímos daqui e fomos para a escola, como sabíamos que não seriamos
recebidos, eu fui com um microfone escondido. Entrei na escola e a
ladainha foi à mesma de sempre. Fiz várias indagações para a diretora. E
a resposta sempre à mesma. Que ela segue ordens. Saí da escola e
encerramos na porta do colégio.
Liguei para a
Queila Veiga do CAPE-SP e a mesma disse que estariam visitando a D.E de
Mauá, pois fizeram uma reunião hoje e já informaram a D.E que estarão
realizando visita e que virão aqui em casa. Comentei com ela sobre as
atividades.
Do nada, a Vice Diretora apareceu aqui no portão para entregar os “cadernos dos Alunos”.
16/08/2012 – Liguei para o fórum e o Carlos não estava.
17/08/2012 –
Estiveram em minha casa a Queila Veiga e sua equipe do CAPE-SP, a
Supervisora de Ensino da Escola, a Supervisora da Educação Especial de
Mauá e outra representante da D.E – Mauá. Nenhum representante da escola
esteve presente.
Novamente
apresentei todas as documentações e atestados, mostrei atividades
enviadas pela a escola. Estiveram no quarto do Matheus e na minha sala
de recursos multifuncional. Foram embora e a Queila disse para eu
aguardar a resposta do Dep. Jurídico.
22/08/2012 –
Liguei para o Ministério Público 48283765 e falei com o Carlos. ACP
187/12 já está na Vara da Infância e Juventude para vistas da juíza.
24/08/2012 –
Liguei para a escola e falei sobre os exercícios de matemática e a
Rosana disse que apenas o exercício D era gráfico, O Prof. Rony me
explicou que nos exercícios a, b, c os alunos precisam entender as
parábolas par poder responder.
Liguei para o
CAPE e falei com a Eliane e a mesma me informou que a adaptação deve
ser feita ou orientada pela sala de recursos de Mauá.
Liguei para a Joice (coordenadora pedagógica da escola) e passei as informações do CAPE.
27/08/2012 –
Estive na escola para pegar as atividades do Matheus, desta vez as
atividades estavam em um pen drive (Port, Geo, Hist, Física, Química,
Biologia, artes, educ. física e Ingllês) e dois cadernos do aluno em
Braille.
Mais uma vez
falei com eles que um aluno não pode fazer atividades sem o conteúdo e a
explicação do professor. Coloquei uma observação no documento
explicando a necessidade de adaptação dos materiais. Informei o que a
Eliane do CAPE me explicou. E mais uma vez me explicaram que cumprem
ordens.
30/08/2012 –
Passou a reportagem do Matheus na Record e a Sra. Maria Eliazabeth
Costa deu uma entrevista um tanto quanto desinformada do caso.
A reportagem pode ser conferida pelo seguinte link no site da Rede Record (R7): http://r7.com/yhS5
01/09/2012 –
Não me conformando com a maneira que as coisas estão sendo conduzidas,
hoje com a ajuda de amigos, coloquei uma faixa na porta da escola que
ficou apenas um dia e derrubaram a faixa, busquei e trouxe pra casa.
10/09/2012 –
Recebi uma notificação da D.E. – Mauá para fazer a matrícula do Matheus
em uma sala de recursos na cidade de Mauá, pois em Ribeirão Pires não
tem sala de recursos do Estado,
14/09/2012 –
Fui eu o Altamir e o Matheus na escola em Mauá, afazer à matrícula na
sala de recursos. No caminho conversando com o Altamir resolvi que o
Matheus não iria mais estudar, pois eu estou cansada de tudo isso e doente.
Quando
chegamos lá fomos muito bem recebidos por todos, TODOS, mas TODOS MESMO,
SÂO FANTÀSTICOS NESSA ESCOLA. Efetuei a matrícula e fomos falar com a
professora da Sala de Recursos Prof.ª Sandra Moreira e a Vice Diretora
que pediram para dar uma chance a elas, pois elas iriam e queriam tentar
ajudar.
Decidimos que ele irá à Sala de recursos de Segundas e Quintas-feiras das 13h30min as 15h00min horas.
18/09/2012 – Fomos à sala de recursos para avaliação e todos gostaram dele e ele adorou a escola e seus funcionários.
19/09/2012 – O Carlos do MP me ligou para que eu vá ao fórum no 3º cartório tirar xérox da decisão da Juíza em favor do Matheus.
20/09/2012 –
Hoje o Matheus retornou na sala de recursos. A Sandra Moreira ligou
para a escola e marcou de estar com eles no dia 26/09. As atividades
deverão ser entregue no dia 03/10/2012. Mais uma vez ressaltei que o
aluno não tem como fazer as atividades sem o conteúdo e a explicação do
professor.
26/09/2012 – A Sandra e a Margarete estiveram no Anna Lacivitta do Amaral.
27/09/2012 – Fomos à sala de recursos e a Sandra me passou o que foi combinado com a escola.
No dia
24/10/2012 Matheus deverá ir para a escola conhecer os professores às 10
horas. E no dia 26/10 às 10 horas irá conhecer os alunos da sala.
Informou-me que a escola tem professor auxiliar de Português e Matemática.
A Queila Veiga me ligou e disse que viria visitar a escola e que NÃO era para eu assinar nada na escola.
01/10/2012 –
A Rosana (diretora) me ligou para que eu pegue alguns documentos na
escola na quarta-feira pela manhã. Hoje o Matheus foi à sala de
recursos.
03/10/2012 – Estive na escola conforme solicitação da diretora Rosana.
Ela me pediu
se daria pra levar o Matheus na escola no dia 05/10/2012 para conhecer
os professores às 8 horas, pois teria Conselho de Classe e os
professores estariam na escola. E os alunos poderiam ser apresentados
durante a semana, são 37 alunos na sala. A Joice colocou que seria em
grupos pequenos para não te tumulto e barulho.
Neste dia a Rosana me informou que as atividades que estão sendo enviada são para compensação de faltas.
Falou que faz parte do regimento escolar e eu disse que até a presente data eu não tinha conhecimento de tal regimento escolar.
Questionei
mais uma vez o conteúdo e explicação da aula, sugeri a gravação das
aulas e ela disse que NÃO EXISTE essa possibilidade, apesar de que eu
não entendo isso, já que a gravação da aula poderia auxilia-lo e muito.
Ela disse
que não pode trabalhar fora da proposta curricular, e eu disse que não é
essa questão e sim uma estratégia de ensino para beneficiar o aluno.
Ela me informou que a D.E – Mauá iria dar capacitação aos professores.
04/10/2012 – Sala de recursos
05/10/2012 –
Matheus foi à escola conhecer os professores, foi recebido pela
diretora Rosana e a Coordenadora Joice, a professora Sandra Moreira
conduziu essa reunião.
26/10/2012 –
Matheus foi até a escola conhecer os alunos acompanhados da professora
Sandra Moreira. Neste dia levei alguns panfletos sobre a conscientização
do Autismo para serem entregues aos alunos, pelo menos para que eles
conheçam um pouco as características da criança autista.
29/10/2012 – Visita da D.E Mauá junto com o CAPE na escola para dar orientação.
A Professora
Tânia e a Professora Eliane do CAPE pediram para que o aluno
comparecesse na escola para uma conversa. Na sala estavam Eu, Matheus,
Sandra Moreira, Rosana (diretora), Joice (coordenadora), Shirley
(secretária), uma supervisora da D.E- Mauá, a professora Tânia e a
professora Eliane.
A Tânia
começou a conversa falando sobre freqüentar a escola e sua importância.
Matheus explicou que não gosta de barulho de alunos e que não gosta de
ficar na escola.
A Tânia veio
com um discurso que só ela entende o que é ser deficiente visual e ele
já começou a se estressar. Ela falou tambem sobre a história do
deficiente no Brasil e que na Europa as coisas eram mais evoluídas
porque existiram guerras e muitas pessoas ficaram mutiladas, cegas, etc…
e que no Brasil não tivemos esse problema. (Até esse momento eu não
estava entendo qual o objetivo da conversa, já que pra ele não fazia
sentido nada do que ela estava falando, ele não reconhece “o outro”).
Ela falou sobre bengalas e cão guia e ele disse que detestava latidos de
cachorros. Matheus foi ficando nervoso,
E bateu de
frente com ela, disse que ela estava ordenando e não conversando. Ela
disse que ele tem que se adequar ao mundo e que ele tem obrigação de
entender o mundo das pessoas. Tania mais uma vez falou que o Brasil não
está adaptado porque nunca tivemos guerra, portanto não podemos comparar
com a Europa….
Ela foi
falar que era membro da ABEDEV e ele disse que conhecia. Ele disse que
conhecia a ETEL (virtual) e ela disse que conhece há muito mais tempo
que ele. Elr disse que conhecia o Antonio Borges e sempre se comunicava
com ele por e-mail, pois ela disse que o conhece há muito mais tempo.
Com tudo isso ele foi perdendo a paciência e a começou a chamar de
“Satanista”, ela disse que ele tem que fazer parte do meio e que não
pode ficar em casa. “““ “““ Mais uma vez ele disse que estava perdendo a
paciência com ela e disse que ia colocá-la na cadeia”, pois ela estava
desrespeitando ele e a mãe dele. Ele se levantou… Nesse momento fiquei
com medo que ele a agredisse e fui tentar interferir e a Tânia não
deixou, ele saiu da cadeira e foi para o outro lado, a Prof.ª Sandra
levantou e foi tentar falar com ele e mais uma vez ela não deixou.
Ela disse que é rígida sim e com sua rigidez ela fez grandes homens. Disse que ele era um adolescente e sabia exatamente o que estava fazendo. Falou que ela se orgulhava de ser chamada de professora “enxaqueca” pelos alunos e ele respondeu que para ele, ela era uma professora que dava “náuseas”.
Ela disse que é rígida sim e com sua rigidez ela fez grandes homens. Disse que ele era um adolescente e sabia exatamente o que estava fazendo. Falou que ela se orgulhava de ser chamada de professora “enxaqueca” pelos alunos e ele respondeu que para ele, ela era uma professora que dava “náuseas”.
No final
disse que ele não ia ser nada se continuasse dentro de casa no
computador, se despediu disse que ia tomar água. Virou as costas e foi
embora… e eu fique com o Matheus agitado, xingando ela, falando alto na
rua até chegar em casa…estou arrasada, nunca me senti tão mal e
desrespeitada…Já pensou o que iria acontecer se ele batesse nela? A
culpa ia ser minha e dele e nunca dela que provocou tal situação…
Sinceramente, acho que ela pode entender de Braille e Soroban, mas do
ser humano ela não sabe nada.
Cheguei a
casa liguei chorando pro CAPE para falar com a Queila, mas ela não
estava… deixei recado, liguei também para o Carlos no MP e ele tambem
não estava.
30/10/2012
Liguei para a Queila Veiga no CAPE e ela me disse que o combinado era a
Tânia vir na escola orientar os professores e não conversar com o
Matheus. Pediu mil desculpas e orientou-me a solicitar a ata da reunião
na escola.
Entrei no site da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo e fiz uma denuncia contando o ocorrido.
Protocolo: 1210304877
Senha: 21ra48948
Data: 30/10/2012
04/11/2012 – Ligaram da escola para que eu fosse buscar a ata da reunião do dia 29/10/2012
05/10/2012 –
Fui à escola pegar a cópia da ata de reunião. Chegando em casa, liguei
novamente para a escola, falei com a Rosana que era para a Joice fazer
uma ressalva na ata, poia a mesma relata que convocou o Matheus para
anamnese e eu recusei-me em levar. Como ele nunca foi convocado
solicitei que fosse retificada a ata. Enviei e-mail para a escola com
cópia para o CAPE,Queila Veiga, Sandra Moreira, conselho tutelar onde
consta a solicitação para ressalva na ata de reunião.
Matheus foi à sala de recursos muito feliz, a Sandra hoje dará apenas uma aula, pois está colocando a sala em ordem. (eleições).
Hoje a
Sandra me solicitou o CD com os cadernos do aluno e me informou que
queria começar a fazer o Matheus ir a algumas aulas, chegamos até
combinar, mas chegando em casa e fiquei pensando… como o Matheus pode ir
na escola sem o acompanhamento de alguém?
06/11/2012 –
Liguei para a Claudia do Conselho Tutelar e falei sobre o ocorrido.
Liguei para o MP e a Sonia disse que a promotoria estava tomando
providências e que eu não o levasse na escola, pois o estado já está
descumprindo uma ordem judicial.
12/11/2012 –
Levei o Matheus na sala de recursos e a Sandra me contou que o pessoal
da D.E- MAUÁ estiveram na escola solicitando que ela mudasse o relatório
do Matheus sobre o dia da reunião 29/10/2012. Ela disse que não mudaria
uma palavra e que se realmente fosse uma ordem, que solicitassem por
escrito. A Supervisora então anotou onde e como deveria ser feita a
alteração, mas a Sandra guardou a original.
Hoje tambem foi à escola solicitar por escrito a alteração da ata.
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