Olá amigos, hoje postarei algumas
informações muito importantes sobre o Autismo, encontradas na cartilha
dos Direitos das pessoas com autismo. Informações que sem dúvida, são
muito úteis para os pais, educadores e demais profissionais que
trabalham com temas vinculados ao espectro.
- O que é Autismo?
O Autismo é um Transtorno Global do Desenvolvimento (também chamado de
Transtorno do Espectro Autista), caracterizado por alterações
significativas na comunicação, na interação social e no comportamento da
criança. Essas alterações levam a importantes dificuldades adaptativas e
aparecem antes dos 03 anos de idade, podendo ser percebidas, em alguns
casos, já nos primeiros meses de vida. As causas ainda não estão
claramente identificadas, porém já se sabe que o autismo é mais comum em
crianças do sexo masculino e independente da etnia, origem geográfica
ou situação socioeconômica.
- Existem outros Transtornos Globais do Desenvolvimento?
Sim, até o momento foram identificados oito transtornos, segundo a
Classificação Internacional de Doenças (CID-10), oficialmente adotada
pela legislação brasileira. A classificação estabelece um código para
cada problema de saúde.
Os Transtornos Globais do Desenvolvimento receberam o código F84, que contém os seguintes transtornos:
- Autismo infantil (F84.0),
- Autismo atípico (F84.1),
- Síndrome de Rett (F84.2),
- Outro Transtorno Desintegrativo da Infância (F84.3),
- Transtorno com Hipercinesia associada a Retardo Mental e a Movimentos Estereotipados (F84.4),
- Síndrome de Asperger (F84.5),
- Outros Transtornos Globais do Desenvolvimento (F84.8) e
- Transtornos Globais Não Especificados do Desenvolvimento (F84.9).
Esses transtornos foram classificados conjuntamente porque todos
causam, de algum modo, distúrbios no desenvolvimento, ou seja, o
desenvolvimento ocorre de um jeito diferente do esperado para crianças
da mesma idade. Ademais, todos afetam, de várias maneiras e
intensidades, a comunicação, a interação social e o comportamento da
pessoa. Os mais conhecidos, além do Autismo infantil, são a Síndrome de
Asperger
(autismo de alto desempenho, onde a inteligência e a fala estão preservadas, apesar das dificuldades sociais) e a Síndrome de Rett (de origem genética claramente identificada, pode levar a uma deficiência intelectual grave, ocorrendo quase sempre em crianças do sexo feminino).
(autismo de alto desempenho, onde a inteligência e a fala estão preservadas, apesar das dificuldades sociais) e a Síndrome de Rett (de origem genética claramente identificada, pode levar a uma deficiência intelectual grave, ocorrendo quase sempre em crianças do sexo feminino).
- Quais são os principais sinais de autismo?
Cada pessoa com autismo tem características próprias, mas existem
alguns sinais que costumam ser mais comuns (alguns podem estar presentes
e outros não, com intensidade e gravidade diferentes em cada caso).
A seguir apresentamos alguns sinais importantes que podem indicar a presença de traços autistas ou de outros problemas, e que podem ser percebidos no ambiente familiar, social e escolar.
A seguir apresentamos alguns sinais importantes que podem indicar a presença de traços autistas ou de outros problemas, e que podem ser percebidos no ambiente familiar, social e escolar.
• O relacionamento com outras pessoas pode não despertar seu interesse;
• Age como se não escutasse (ex. não responde ao chamado do próprio nome);
• O contato visual com outras pessoas é ausente ou pouco freqüente;
• A fala é usada com dificuldade, ou pode não ser usada;
• Tem dificuldade em compreender o que lhe é dito e também de se fazer compreender;
• Palavras ou frases podem ser repetidas no lugar da linguagem comum (ecolalia);
• Movimentos repetitivos (estereotipias) podem aparecer;
• Costuma se expressar fazendo gestos e apontando, muitas vezes não fazendo uso da fala.
• As pessoas podem ser utilizadas como meio para alcançar o que quer;
• Colo, afagos ou outros tipos de contato físico podem ser evitados;
• Pode não demonstrar envolvimento afetivo com outras pessoas;
• Pode ser resistente a mudanças em sua rotina;
• O que acontece a sua volta pode não despertar seu interesse;
• Parece preferir ficar sozinho;
• Pode se apegar a determinados objetos;
• Crises de agressividade ou auto-agressividade podem acontecer.
Porém, ATENÇÃO, esses sinais são apenas indicativos, o diagnóstico deve ser feito por profissionais especializados, a partir da utilização de técnicas próprias, como entrevistas e observação clínica.
- Suspeito que meu filho tenha autismo, quem eu procuro?
Não há um padrão de atendimento no Estado de São Paulo – diagnósticos e
encaminhamentos são realizados a partir da rede de serviços disponível
em cada município. Desde os primeiros dias de vida a criança deve ter
acompanhamento médico, que pode ser realizado na rede pública (Unidades
Básicas de Saúde), em serviços de convênios ou na rede particular.
Ao perceber os primeiros sinais de risco para o desenvolvimento infantil, o médico deve encaminhar, o quanto antes, a criança para avaliação de uma equipe de profissionais especializados no serviço de referência de seu município, que pode ser um Centro de Atenção Psicossocial Infantil (CAPSi), Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), organizações especializadas (ONGs) ou outros serviços públicos disponíveis. A avaliação para diagnóstico de adultos também é feita a partir da atenção básica à saúde, com encaminhamentos para os serviços de referência de cada município.
Ao perceber os primeiros sinais de risco para o desenvolvimento infantil, o médico deve encaminhar, o quanto antes, a criança para avaliação de uma equipe de profissionais especializados no serviço de referência de seu município, que pode ser um Centro de Atenção Psicossocial Infantil (CAPSi), Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), organizações especializadas (ONGs) ou outros serviços públicos disponíveis. A avaliação para diagnóstico de adultos também é feita a partir da atenção básica à saúde, com encaminhamentos para os serviços de referência de cada município.
- Como e quando é feito o diagnóstico? Existem exames?
Chegar a um diagnóstico de autismo não é simples, pois os Transtornos
do Espectro Autista não são muito conhecidos e não existem exames para
identificá-los. Porém, alguns podem ser necessários para descartar
outros problemas, como exames auditivos (de ouvido), visuais (de vista)
etc. É preciso fazer uma avaliação completa da criança para se chegar a
um diagnóstico, que deve ser feito por uma equipe de profissionais
especializados. Essa equipe vai precisar de um tempo para observar o
comportamento pessoa, analisar sua história de vida e o desenvolvimento
de suas relações sociais. A avaliação não é feita em um único
atendimento, é um processo que deve ter acompanhamento contínuo.
avaliação também vai indicar o tratamento mais adequado para cada
pessoa, e deve ser refeita periodicamente para acompanhar sua evolução.
Com
relação a bebês e crianças pequenas, é preciso cuidado com previsões
definitivas sobre seu futuro, afinal, ela está em desenvolvimento e
muita coisa ainda pode acontecer. Porém, é muito importante identificar
os chamados “sinais ou traços autistas” o quanto antes! Assim é possível
realizar intervenções precoces, fundamentais para auxiliar à família e à
criança em suas dificuldades.
- O que é intervenção precoce?
É uma das tendências atuais de
tratamento, voltada para o acompanhamento da relação da mãe (ou quem
exerce a função materna) com o bebê ou criança pequena (0 a 3 anos). A
intervenção é feita logo que surgem os primeiros sinais de risco para o
desenvolvimento infantil, evitando que o desenvolvimento dessas crianças
se encaminhe para transtornos ou deficiências graves.
O pediatra é o profissional de referência na primeira infância, por isso seu papel é essencial na observação desses sinais precoces. Assim, é preciso garantir que os pediatras, e outros profissionais da atenção básica à
saúde, recebam a formação e o treinamento adequados para atuarem como agentes de identificação e prevenção de sinais precoces de risco para o desenvolvimento infantil. É importante que essa rotina pediátrica esteja incluída no atendimento integral à saúde das crianças, através de programas específicos na assistência materno-infantil da saúde pública. Também se faz necessária a ampliação e o fortalecimento de centros especializados de acompanhamento de pais e de crianças que apresentam sinais de risco e sofrimento, já que é essencial intervir precocemente para proporcionar a essas crianças um desenvolvimento mais saudável e uma melhor qualidade de vida!
O pediatra é o profissional de referência na primeira infância, por isso seu papel é essencial na observação desses sinais precoces. Assim, é preciso garantir que os pediatras, e outros profissionais da atenção básica à
saúde, recebam a formação e o treinamento adequados para atuarem como agentes de identificação e prevenção de sinais precoces de risco para o desenvolvimento infantil. É importante que essa rotina pediátrica esteja incluída no atendimento integral à saúde das crianças, através de programas específicos na assistência materno-infantil da saúde pública. Também se faz necessária a ampliação e o fortalecimento de centros especializados de acompanhamento de pais e de crianças que apresentam sinais de risco e sofrimento, já que é essencial intervir precocemente para proporcionar a essas crianças um desenvolvimento mais saudável e uma melhor qualidade de vida!
- O autismo tem remédio ou tratamento?
Não há medicamentos específicos para o
autismo, mas remédios podem ser receitados quando há outra doença
associada ao autismo como epilepsia, hiperatividade etc. Porém, o uso de
medicamento deve sempre seguir recomendação médica e deve ser feito
sempre junto com outros tratamentos.
Existem várias opções de tratamentos, que devem ser realizados sempre por equipes multidisciplinares.
Existem várias opções de tratamentos, que devem ser realizados sempre por equipes multidisciplinares.
Os diferentes métodos terapêuticos podem
ser usados sozinhos ou em conjunto. Um método pode trazer bons
resultados para uma criança, mas não para outra, ou seja, cada caso é
único, apesar de possíveis semelhanças, e o tratamento também deve ser
assim, considerando sempre a criança como um todo: seus sentimentos,
seus comportamentos, sua relação com os outros na família, na escola, na
comunidade etc.
A maioria dos estudiosos afirma que o autismo não tem cura, pois mesmo quando há um ótimo desenvolvimento suas características permanecem por toda a vida. Portanto, já existem tratamentos que podem levar a criança a um excelente desenvolvimento e a uma melhor qualidade de vida, ainda mais quando são realizadas intervenções precoces.
A maioria dos estudiosos afirma que o autismo não tem cura, pois mesmo quando há um ótimo desenvolvimento suas características permanecem por toda a vida. Portanto, já existem tratamentos que podem levar a criança a um excelente desenvolvimento e a uma melhor qualidade de vida, ainda mais quando são realizadas intervenções precoces.
- Os pais também precisam de ajuda?
É muito difícil para os pais que têm
filhos com autismo enfrentarem essa situação, principalmente quando
recebem o diagnóstico. Nos momentos difíceis, orientações de um
profissional qualificado podem ajudar muito.
Os pais também podem contar com a ajuda de pessoas próximas ou que tenham experiência com situações semelhantes. O importante é que essas pessoas saibam compreender e aceitar o sofrimento destes pais, acolhendo-os da melhor forma, sem críticas ou julgamentos. A psicoterapia, bem como outras formas de acompanhamento terapêutico podem ser indicadas para auxiliar os pais na compreensão do que está acontecendo e do que estão sentindo, inclusive acolhendo sentimentos comuns, como negação, raiva, rejeição, culpa, frustração, ressentimento etc. Quando os pais estão bem eles podem ajudar ainda mais seus filhos.
Os pais também podem contar com a ajuda de pessoas próximas ou que tenham experiência com situações semelhantes. O importante é que essas pessoas saibam compreender e aceitar o sofrimento destes pais, acolhendo-os da melhor forma, sem críticas ou julgamentos. A psicoterapia, bem como outras formas de acompanhamento terapêutico podem ser indicadas para auxiliar os pais na compreensão do que está acontecendo e do que estão sentindo, inclusive acolhendo sentimentos comuns, como negação, raiva, rejeição, culpa, frustração, ressentimento etc. Quando os pais estão bem eles podem ajudar ainda mais seus filhos.
- Autismo é deficiência?
O Autismo é considerado um Transtorno
Mental e de Comportamento. Porém, algumas pessoas com autismo podem ter
também, associada ao quadro, uma Deficiência Intelectual (inteligência
mais baixa que a normal, que varia de leve à profunda) ou outras doenças
associadas (epilepsia, alterações físicas etc.). Cada um desses
problemas de saúde é um novo diagnóstico e novo código do CID-10 (por
exemplo, Deficiência Intelectual Leve é F70). Assim, não são todas as
pessoas com autismo que têm Deficiência Intelectual, algumas, inclusive,
apresentam inteligência acima do normal. De qualquer modo, tanto
aqueles que têm autismo e possuem inteligência normal ou acima do
normal, como os com inteligência abaixo do normal,
todos são
considerados pela ONU (Organização das Nações Unidas) como pessoas com
deficiência, por terem impedimentos de longo prazo que podem prejudicar
ou impedir sua participação plena e efetiva na sociedade, em igualdade
de condições com as demais pessoas.
muito boa essa explicação sobre autismo ,muitas vezes levamos nossos filhos em vários hospitais ,fazem vários tipos de exames e não descobrem o que é realmente.
ResponderExcluirObrigada por escreve tão bem, e tira minhas duvidas melhor do que os médicos, sou nova nesse assunto e quero é vou aprender mas e mas sobre autismo.
ResponderExcluirO do meu filho foi diagnosticado por uma neuropsicóloga, o laudo dela serviu de base pra neuropediatra e psiquiatra.Na minha opinião um excelente profissional pra esses diagnósticos.
ResponderExcluirmuito boa a publicação gostaria de receber no meu email mais esclarecimentos e publicações.email: taniamarmitt@hotmail.com
ResponderExcluirÉ muito importante divulgar que, no início dos sintomas, fazendo um tratamento adequado e precoce pode-se dizer em "cura" no espectro. Nós da psicologia estudamos muito essa síndrome, principalmente a psicanálise que faz um entendimento junto à família. Diferente do tratamento do CID pois a nova mudança enquadrou diferentes tipos num mesmo código, mas sabemos que não se pode fazer isso, pois cada indivíduo tem uma forma diferente de tratamento. Antes de ensinar o comportamento aos autistas temos que, ensina-los a serem sujeitos
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