quinta-feira, 12 de julho de 2012

TRATAMENTOS DO AUTISMO (SAINDO DO LABIRINTO)

  Olá pessoal, hoje estou postando um texto muito bom, indicado pela mãe Adelle e que faz parte do livro Mundo Singular, de Ana Beatriz Barbosa Silva.

CAPÍTULO 11 – TRATAMENTOS DO AUTISMO (SAINDO DO LABIRINTO) Págs, 223, 224, 225, 226 e 227.

OS 10 MANDAMENTOS PARA O BOM DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA COM AUTISMO.

1 – Tratamento individualizado

   A criança com autismo necessita passar por uma avaliação multidisciplinar e ter cada uma das suas áreas de comprometimento investigada de maneira criteriosa pelos profissionais. Somente a partir disso é que o planejamento terapêutico será estabelecido. A única maneira de se tratar uma criança com autismo é com personalização das atividades e dos treinos. Cada criança tem maior ou menor facilidade com alguma área, por isso não precisamos perder tempo com aquilo que ela já domina. Cada sessão da terapia deve ser pensada e moldada especificamente para aquela criança, sempre com foco em avanços para as próximas etapas.

2 – Currículo adaptado

  É importante que as crianças com autismo estejam na escola e participem dela integralmente. Diversas atividades podem ser adaptadas para que ela faça as mesmas atividades dos colegas em sala de aula. Assim, ela se sentirá melhor e mais estimulada. Provavelmente a criança com autismo precisará de outros recursos para aprender as mesmas coisas que os demais alunos. A confecção de materiais concretos e visuais personalizados pode garantir uma verdadeira inclusão.
Para personalizar as atividades escolares, podemos lançar mão de variados recursos: dividí-las em pequenas etapas, traduzi-las em figuras para melhor compreensão do conteúdo escolar, dentre outros.

3 – Hiperinvestimento em comunicação

   O treino em comunicação é muito importante e, para isso, é preciso empregar o maior numero possível de recursos, e agir com rapidez. O investimento nessa área trará consequências sociais muito positivas, já que a criança conseguirá interagir e entender melhor seus pares. Mesmo que ela encontre dificuldades, a estimulação na linguagem jamais deve ser interrompida.
Se a criança não conseguir desenvolver uma linguagem falada, outras estratégias devem ser traçadas para garantir que ela consiga se expressar, como, por exemplo, comunicação por trocas de figuras.

4 – Ensino sistematizado e estruturado

   Na escola, a criança que possui menos dificuldades deve ser acompanhada e amparada, caso precise de algum reforço. Porém aquela com autismo mais grave precisa de um ensino sistematizado, com estruturação de suas atividades e de sua rotina, e pautado em técnicas cientificamente comprovadas.
Os professores devem ser orientados e preparados tanto pedagógica quanto psicologicamente.]

5 – Engajamento (mínimo de 20 horas semanais)

   Estudos científicos tem mostrado que, além de período escolar, a criança com autismo deveria passar por mais quatro ou cinco horas por dia em terapias e treinamentos. Estes podem ser realizados tanto por profissionais especializados em cada área quanto pelos pais, quando bem-orientados.

6 – Práticas adequadas para o desenvolvimento

   A utilização de todos os recursos disponíveis relacionados á socialização, aquisição de linguagem e comunicação, e adequação de comportamento deve ser feita para garantir o bom desenvolvimento dessa criança. Para isso, a família deve contar com uma rede apoio social de modo que consiga colocar em prática as habilidades aprendidas.

7 – Contato com crianças “típicas” (sem autismo)

   A observação e a imitação são pré-requisitos sociais. É importante que a criança tenha em seu ambiente modelos típicos para aprender e imitar: O contato com crianças típicas propicia estimulações diferentes daquelas obtidas em terapia.

8 – Atividades físicas

   A criança deve ter acesso irrestrito ás práticas esportivas e de lazer, nas quais consiga desenvolver sua motricidade e coordenação motora de maneira adequada. Além disso, as práticas esportivas são um bom caminho para ter acesso á socialização.

9 – Envolvimento familiar

   A criança com autismo só consegue se desenvolver se estiver verdadeiramente integrada no ambiente familiar. A compreensão de suas dificuldades e a tentativa de buscar estratégias para superá-las devem ser o lema de toda a família.

10 – Psicoeducação familiar

   A família deve estar bem- orientada pelos profissionais que atendem a criança e ser incentivada a buscar conhecimentos sobre o tema por meio de livros, filmes e grupos de apoio.
Muitas vezes as famílias funcionam como multiplicadores dos ganhos da criança e podem ser um instrumento importante para potencializar o tratamento, pois condutas adequadas propiciarão melhor desenvolvimento dos comportamentos das crianças.
   Para vencermos o autismo é necessário trabalharmos em equipe e que cada um tenha em mente que fazer a sua parte bem-feita é potencializar o trabalho do outro. Transpor as dificuldades do autismo é uma busca incessante em direção á superação de nossos próprios limites. Aqui vale uma frase do estadista britânico Winston Churchill: “Nunca, nunca, nunca desista”.

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