domingo, 10 de junho de 2012

Existem famosos que são autistas? Tenho certeza que sim.

Olá gente, ontem fiquei muito surpresa ao me deparar com uma notícia: o jogador Lionel Messi é um autista, vocês sabiam? pois é, um exemplo de superação para muitos que talvez se escondam em suas limitações e em seus sentimentos de derrota, além do autismo, ele também teve que enfrentar outro obstáculo na sua infância, o nanismo, isso mesmo! Aos seus 13 anos, foi diagnosticado anão. O cara é simplesmente, um exemplo de determinação e vencedor.

Na reportagem abaixo, estão presentes os depoimentos de famílias com filhos autistas e de personalidades,  que também são ou eram autistas.

Fonte: http://www.rdmonline.com.br/TNX/indexint.php?sid=45

Resgatado da solidão...

Amor, paciência e terapias. Pais se apoiam em atitudes para amenizar os impactos do autismo, doença silenciosa que coloca a criança entre duas realidades.

Por Rui Matos e Marcela Machado

Foto: Divulgação

O diagnóstico autista não é fácil e muitos pais demoram para notar 
ou aceitar que algo está errado com o filho.
 





Jan Maka era uma criança feliz e cheia de energia. Era como outra qualquer. Do dia para a noite, a vida de sua família vira de cabeça para baixo quando se descobre que ele é “diferente”. O garotinho era autista. Como seria viver com uma criança afetada por essa desordem neurológica? O trecho refere-se ao contundente curta-metragem ‘Uma criança diferente’, da Dra. Anna Barczewska, que descreve a luta de todos os pais de crianças com autismo. Ficção e realidade se misturam em relatos que emocionam.
O filme-documentário é norte-americano, mas não foi preciso ir longe para se obter a resposta. Em Cuiabá (MT), o casal Rogério Fabian Iwankiw e Gilvane Janete Schacht vive a história real onde aprendem a ser pais de um garoto aprendendo a ser filho. Em torno do pequeno Davi, há um cotidiano tocante sobre o poder de redenção do amar e o verdadeiro significado da palavra família.
Ele, empresário da construção e engenheiro civil. Ela, economista. Ambos leigos na lida com uma criança autista. Lembram com carinho que teve na figura de Pedro, o irmão mais velho, um forte aliado para oferecer ao pequenino autista um ambiente de vida seguro e socialmente evolutivo. “A família, vizinhos, amigos e todos que o cercam são fundamentais”, acrescenta o engenheiro.
Gilvane, Pedro, Davi e Rogério em terapia de riso, amor e carinho.
Davi tem 5 anos, 11 meses a menos que Pedro.  Faz parte do grupo estimado em cerca de 1 milhão de autistas no Brasil. Hoje, há um caso de autismo a cada grupo de 150 pessoas no mundo, mas as estatísticas não são confiáveis. Levando-se em consideração os casos não identificados e os negligenciados, esse número pode ser bem mais relevante. O transtorno atinge todas as raças e é quatro vezes mais comum nos meninos. “O diagnóstico não é fácil e muitos pais demoram para notar ou aceitar que algo está errado com o filho”, define Rogério Iwankiw. A ciência define o problema como Transtorno do Espectro Autista (TEA). Uma desordem cerebral que compromete o desenvolvimento psiconeurológico e afeta a capacidade de a pessoa se comunicar, compreender e falar, de estabelecer relacionamentos e de responder apropriadamente ao ambiente que a rodeia. O autismo é uma patologia diferente do retardo mental ou da lesão cerebral, embora algumas crianças com autismo também tenham essas doenças. Relatos médicos definem vários espectros de autismo, entre eles, as síndromes de Angelman, Asperger, do X Frágil, de Landau Kleffner, Rett, Prader, de Willians e Síndrome de Hiperlexia. Um universo onde a ciência ainda caminha lentamente.


Fotos: Google Search
Melhor jogador do mundo por três anos consecutivos
o argentino Lionel Messi apresentou os traços
 do autismo logo aos oito anos.

   Apesar de algumas opiniões divergentes quanto à classificação destes distúrbios, a síndrome de Asperger – mais difundida - assume-se como uma entidade clínica distinta da Perturbação Autista, com determinadas características próprias e manifestações peculiares. Todavia uma ideia principal deve sobressair de toda esta discussão: os autistas são pessoas com necessidades especiais tanto no domínio escolar, como social e familiar, devendo, portanto, merecer uma atenção específica e exaustiva para que possam viver em sociedade do modo mais feliz e integrado possível. “Paciência, paciência, paciência. Isso ajuda a ver o autismo como uma habilidade diferente e não uma desabilidade”, observa Rogério. O primeiro registro científico do termo “autista” na literatura psiquiátrica aconteceu em 1906, nos estudos de Plouller. Mas foi só em 1911 que o termo ficou mais difundido, com a publicação de registros do psiquiatra suíço Eugen Bleuler sobre quadros de esquizofrenia.
Psiquiatras e pais se esforçam para que o autista não seja visto como doente mental. “Pessoas com autismo são, antes de mais nada, seres humanos como os outros. Possuem qualidades e fraquezas”, completa o empresário, com tom de voz brando e sinais de esperança na face. As lágrimas escapam durante a entrevista, mas o pai não deixa esmaecer a vontade de ver o filho curado.
 
Bill Gates,
 o bilionário detentor da revolucionária Microsoft,
 não gosta de manter contato olho-a-olho e se balança
 continuamente em reuniões e voos.

A preocupação maior é com o futuro. Correr contra o tempo é uma luta diária. “Se ele conseguir ser um borracheiro quando crescer, ficarei feliz porque sei que ele também deu o melhor de si”, desabafa emocionado. “O tratamento é persistente”, diz ele. “Feito o diagnóstico precoce, é feito por meio de terapias, paciência, cumplicidade e muito amor e carinho”. DIAGNÓSTICO PRECOCE > Os pais são os primeiros a notar algo diferente nas crianças com autismo. O bebê, desde o nascimento, pode mostrar-se indiferente à estimulação por pessoas ou brinquedos, focando sua atenção prolongadamente por determinados itens. Por outro lado certas crianças começam com um desenvolvimento normal nos primeiros meses para repentinamente transformar o comportamento em isolado.
Contudo, podem se passar anos antes que a família perceba que há algo errado. Nessas ocasiões os parentes e amigos muitas vezes reforçam a ideia de que não há nada errado, dizendo que cada criança tem seu próprio jeito. Infelizmente, isso atrasa o início de uma educação especial, pois, quanto antes se inicia o tratamento, melhor é o resultado. É preciso ficar atento, pois a falta de atenção também pode estar ligada a causas fisiológicas ou neuropatológicas.
A observação permite detectar ainda aquela criança que não brinca, que se recusa, que prefere estar sozinha. Se ela tem características autistas, um médico qualificado fará o diagnóstico. É feita uma observação usando-se o CHAT - uma lista para identificar o autismo em crianças. Apesar de não haver medicação que cure o autismo, indica o neuropediatra José Paulo Monteiro, “há a possibilidade de intervir sobre o humor, a atenção, concentração, compulsões e obsessões”.

Temple Grandin nasceu autista,
 seu comportamento agressivo era malvisto 
por seus colegas.
 Hoje, além de escritora,
 Temple é Ph.D em ciências animais nos EUA.

    Quando a criança com autismo cresce, desenvolve sua habilidade social em extensão variada. Alguns permanecem indiferentes, não entendendo muito bem o que se passa na vida social. Elas se comportam como se as outras pessoas não existissem, olham através delas como se não estivessem lá e não reagem a alguém que fale com elas ou as chame pelo nome. Frequentemente, suas faces mostram muito pouco de suas emoções, exceto se estiverem muito bravas ou agitadas. São indiferentes ou têm medo de seus colegas e, muitas vezes, usam o outro como objeto quando querem obter alguma coisa.
Apesar disso, relatos médicos acenam com possibilidades animadoras. O argentino Lionel Messi não teve vida fácil. Aos oito anos Messi foi considerado autista, e aos 11 anos foi detectado um problema hormonal que lhe retardava o desenvolvimento ósseo e consequentemente o seu crescimento. Hoje, aos 24 anos, é um dos melhores jogadores de futebol do planeta.
Muitos pensam que o diagnóstico de autismo condena uma criança a uma vida solitária sem quaisquer realizações. A história provou que esta teoria é falsa, e muitas pessoas com as formas de funcionamento do autismo passaram a fazer grandes coisas. Há algumas pessoas autistas famosas que podem ser uma inspiração para as crianças com autismo ou para seus pais. Embora não tenha sido comprovado, alguns especulam que Albert Einstein pode ter tido uma forma de autismo de alto funcionamento.
O ator americano Andy Kaufman (falecido em 1984) era conhecido por ter um sentimento muito estranho e bizarro de humor. Outros dois artistas muito conhecidos, Vincent van Gogh e Andy Warhol, podem ter tido autismo. Eles apresentaram muitos traços de pessoa com alto grau de funcionamento nesta condição, e eram vistos como excêntricos e brilhantes.

Segundo especialistas,
Albert Einstein pode ter
 desenvolvido
 uma forma de autismo 
de alto funcionamento.
    Talvez algumas das pessoas mais conhecidas com essa condição nasceram antes que um diagnóstico real pudesse ser feito. Isso significa que elas têm um histórico que se baseia em especulações e por coisas que elas eram conhecidas quando estavam vivas.
Muitas dessas pessoas são importantes, por razões históricas e por melhorar o mundo à sua maneira. Exemplos são Isaac Newton, Wolfgang Mozart, Charles Darwin e Michelangelo.
Bill Gates é o inventor do Windows. Gates se balança continuamente durante reuniões de negócios e em aviões (autistas fazem isso quando nervosos), não gosta de manter contato olho-a-olho e tem pouca habilidade social. Também não dá importância à sua aparência.
Temple Grandin  nasceu autista, coisa que na época ninguém conhecia muito bem. Seu jeito peculiar de pensar e seu comportamento antissocial e agressivo eram malvistos por professores e colegas de escola na infância. Hoje Temple é Ph.D em ciências animais na Universidade Estadual do Colorado, nos Estados Unidos.
Na realidade, longe de ser um consolo, no simples vislumbre desse histórico de famosos, todo pai busca seu próprio caminho para conhecer e lidar com esse universo tão particular a cada autista. 
O autor da teoria evolucionista,
Charles Darwin,
 é mais uma personalidade histórica com traços do autismo.
  













 TRATAMENTO ESPECIAL > O tratamento do autismo vai depender da gravidade do déficit social, de linguagem e comportamental em que o indivíduo se encontra. Existem diversas abordagens, algumas muito mais bem embasadas cientificamente que outras. De um modo geral o tratamento tem quatro objetivos: estimular o desenvolvimento social e comunicativo; aprimorar o aprendizado e a capacidade de solucionar problemas; diminuir comportamentos que interferem com o aprendizado e com o acesso às oportunidades de experiências do cotidiano; e ajudar as famílias a lidarem com o autismo.
Ao mesmo tempo em que antidepressivos e remédios contra a hiperatividade ajudam com sucesso a controlar determinados sintomas, a melhor forma de tratar o autismo é tentar integrar o paciente ao mundo. Para que isso aconteça, ele tem de ter à sua disposição, desde cedo, uma equipe multidisciplinar formada por neurologista, psiquiatra, psicólogo e fonoaudiólogo, entre outros.
De forma geral, sabe-se que os meninos autistas que falam possuem grandes chances de melhorar expressivamente, apresentando, desta forma, um prognóstico bastante positivo.
O conhecimento desse universo paralelo é compartilhado, de forma positiva, pelos pais de autistas. Eles se conhecem em consultórios médicos, pela internet e em workshop, como o que vai acontecer em Cuiabá, de 25 a 27 de maio, no auditório da Todimo Home Center. O evento é promovido pelo grupo ‘Inspirados pelo Autismo’, que se dedica a informar e habilitar os pais e profissionais a ajudar crianças e adultos com autismo a superar suas dificuldades e alcançar novos patamares de desenvolvimento. Utiliza uma abordagem educacional relacional e responsiva baseada no Programa Son-Rise® para pessoas diagnosticadas com autismo.
Wolfgang Mozart,
 um gênio da música. 
Com alto grau de funcionamento nesta condição, 
era visto como excêntrico e brilhante.

“Leio e pesquiso sobre o tema todos os dias e compartilho esse conhecimento com todos que precisam desse apoio. Trocamos informações e experiências que ajudam no desenvolvimento de nossos filhos”, conta Rogério.
Um desses pais é o bacharel em Direito Paulo Queiroz e a nutricionista Solanyara Maria da Silva Nogueira. O filho autista, Marcus Paulo, de 4 anos, também foi diagnosticado com esclerose tuberosa ou complexo esclerose tuberosa (TSC). Trata-se de uma doença genética rara que causa tumores benignos que crescem no cérebro. “Apesar de mais frágil ainda, confio na recuperação do meu filho”, disse Paulo, durante sessão de equoterapia de Marcus na Hípica Twin Broters. Ali o garotinho descobre um mundo novo em cima de um cavalo da raça paint horse e amparado pela psicóloga Janaina Sescon. “Cada avanço ou simples gesto é comemorado com alegria”, comenta Solanyara.
Assim como Davi e tantas outras crianças autistas, Marcus precisa de fisioterapia, equoterapia, atividades esportivas, acompanhamento diferenciado de saúde e educação especial. Talvez aí estejam as maiores dificuldades das famílias.

Em Mato Grosso há apenas três escolas para alunos com transtornos mentais e déficits intelectuais. Duas são localizadas em Cuiabá, Raio de Sol e Livre Aprender. A outra está em Várzea Grande, Luz do Saber. Todas são estaduais e recebem cerca de 80 alunos especiais, entre eles, autistas.
Fora da região metropolitana de Cuiabá, segundo informações da Secretaria Estadual de Educação (Seduc), não há nenhuma escola pública especializada. Nesse caso, os autistas são matriculados em Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) e em Associações Pestalozzi, o que não é o recomendado por especialistas.
Para suprir essa necessidade, o Centro de Apoio e Suporte à Inclusão da Educação Especial (Casies) da Seduc faz atendimento e trabalha com a formação de profissionais especializados em deficiências especiais. O autismo, nesse caso, está incluso nas deficiências de aprendizagem.

Foto: Felipe Barros
Para o casal Paulo e Solanyara, a equoterapia contribui com benefícios físicos, psíquicos, educacionais e sociais.

A nova Resolução Normativa 001/2012 sobre Educação e Deficiências determina que todas as escolas regulares devem atender alunos com necessidades especiais, inclusive com autismo. Por isso, elas precisam se preparar para a chegada das novas crianças que necessitam de métodos diferenciados de ensino.
Mas isso não é unanimidade. O neuropediatra José Salomão Schwartzmann é um dos que criticam a exigência de que as crianças autistas sejam educadas em escolas regulares. Para ele, a adaptação às escolas comuns depende de cada criança. “Se o indivíduo tiver rendimento na escola regular, tudo bem. Mas exigir isso de todos é um desserviço à pessoa, que vai se marginalizar ao invés de socializar”, disse o médico, em defesa das escolas especiais.
Najla Edilamar Vieira Zambonatto, gerente de Educação Especial da Seduc, não polemiza, mas diz que 80 alunos com autismo ainda é um número muito pequeno de crianças nas escolas públicas, pois se sabe que o autismo atinge muito mais pessoas. “Muitas delas não têm déficit intelectual, apenas percebem o mundo de maneira diferente e só conseguem aprender de uma maneira também diferente. Outros possuem realmente dificuldade em aprender. O professor e as escolas precisam estar preparados para perceber essas nuances e para ensinar de maneira diferenciada”, afirma.
Quando o assunto é saúde as dificuldades se repetem. No Estado há apenas dois endereços para tratamento de crianças com autismo. Mas nenhum deles é especializado nessa patologia. São voltados para todo e qualquer tipo de déficit intelectual e transtornos mentais.
Rogério e Gilvane conhecem de perto essa deficiência clínica e afetiva. “Ele é autista. Está aqui o telefone do psiquiatra”. Foi assim que eles receberam de uma neuropediatra o diagnóstico do pequeno e risonho Davi. “Nenhuma palavra de consolo. Nenhuma expectativa de caminho. Nenhuma perspectiva de luta diante da batalha. Diagnóstico fechado, chega de conversa. Entra o próximo”, define o empresário para aquele triste momento.

Foto: Felipe Barros
Marcus Paulo, aos dois anos, ele não falava nem fazia contato visual. Hoje, aos 4 anos, é uma criança feliz, que brinca e frequenta a escola.

conforto veio de uma tia psicopedagoga, Dra. Maria Eneida Fabian Holzmann. “Diagnósticos não são definitivos, nem o ponto final quando se fala de uma vida de apenas dois anos. Tenham a mente voltada para a solução e não para a lamentação.  Permitam-se passar pela dor da notícia. Chorem, e chorem muito, mas não façam desse caminho um peso...”, relata. Sem norte, a família buscou ajuda médica especializada em outros estados.
Depois que os recursos do Programa Son-Rise® foram aplicados nas terapias de Davi, os resultados foram surpreendentes, segundo o pai. “Depois que aplicamos as técnicas, um dos momentos mais emocionantes foi vê-lo descobrir meus olhos. Seus lindos olhos azuis que até então estavam um mar longe dos meus, me olharam com interesse por longos três segundos”, lembra Rogério.
Os avanços não param por aí. Quando Davi tem sede conduz os pais até a geladeira. Responde ao estímulo musical e adora um colo. “Quando é colocado no chão, reclama”, brinca o pai. Uma prova de amor recíproco é quando Davi chora ao ver os pais saindo de casa para trabalhar. “No final ele dá um tchau bem carinhoso”, revela. A linguagem verbal também tem melhorado. Davi fala “papapa”, “mamama” e até conversa fantasiosamente com seu livrinho de histórias. “Foi inesquecível vê-lo dizer: Pedoooo ãm votche, ao expressar que amava o Pedro”.
ASSISTÊNCIA CARENTE > Conquistas que, se esperadas somente pelos recursos locais, não aconteceriam. Em Cuiabá, o Centro de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil (CAPSi), mantido pela Secretaria de Estado de Saúde, é especializado em crianças, mas atende pacientes com até 18 anos.  Ele foca mais atenção a casos severos e agudos de patologias, inclusive o autismo.
Pelo município de Cuiabá, há o Centro de Especialidades Médicas (CEM). Nele há um ambulatório voltado para a saúde mental infanto-juvenil. O tratamento mais comum é com crianças que já receberam estímulos de aprendizagem e outros, mas, ainda assim, precisam de remédios. O nível de tratamento é só ambulatorial, não psicológico.
Os programas são mais voltados para crianças porque o ideal para se tratar do autismo é que seja nos dois primeiros anos de vida. “Assim que os pais perceberem que o filho apresenta algum tipo de deficiência mental, devem procurar imediatamente tratamento, para que os efeitos e sintomas possam ser melhorados ou até mesmo erradicados. Quanto mais cedo o diagnóstico, mais visíveis são os resultados”, define Adriana Guirado Rao, psicóloga e técnica da Coordenação de Saúde Mental do Município de Cuiabá.
Atualmente, embora o autismo seja bem mais conhecido, ele ainda surpreende pela diversidade de características que pode apresentar e pelo fato de, na maioria das vezes, a criança autista ter uma aparência bastante normal. É comum pais relatarem que a criança passou por um período de normalidade anterior à manifestação dos sintomas.
As experiências das famílias Iwankiw e Queiroz ilustram essa história que mistura grandes lições de vida, através de um começo de uma nova vida cheia de alegria, descobertas, retrocessos e triunfos. Apesar das dificuldades proporcionadas pelas poucas descobertas da ciência e da falta de apoio dos organismos oficiais, é possível aprender e crescer juntos. Se amparados e tratados adequadamente muitos podem levar uma vida próxima do normal.
O maior erro dos que se dizem normais é que agem como se estivessem surdos, cegos e mudos. “ Fiz diferente. Para trazer o Davi para o meu mundo usei como porta de entrada o mundo dele. Quanto mais eu sei sobre autismo mais próximo ficamos da ajuda que lhe dará uma vida mais saudável”, finaliza Rogério Iwankiw.



38 comentários:

  1. meu caro adorei a postagem, eu trabalho numa ONG especializada em autismo, so contem alguns erros de informação nessas noticias, ninguem deixa de ser autista, os sintomas aparecem com frequencia, mas existem tipos especializados de autistas q suportam todos esses sintomas e conseguem ter uma vida normal!

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  2. Olá, só corrigindo de meu caro para minha cara, sou uma autista e dona desse blog, pelo que entendi do texto não é deixar de ser autista e pronto, entendi que com a terapia as crises podem diminuir e a convivência social melhora.

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  3. Fico muito feliz que você visitou meu blog e que trabalhe numa ONG!

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  4. Parabéns Nataly!!!! gostei muito do blog e fico imensamente feliz em conhecer sua estória, eu tenho um filho com asperger, hoje ele está completando 5 anos. bjos, Solanyara

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  5. Fiquei feliz em conhecer o seu blog , e saber q está na faculdade ,pois fico ás vezes imaginando se o meu filho q tem autismo completará os estudos... ler artigos assim me enchem de esperanças...Parabens e sucesso!

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  6. Oi, Nataly tenho um filho que ele e autista nao sei enforma o tipo de grau,torso Que seja Asperger,pelo menor o sofrimento Sao pouco,pessoas com asperger E mais inteligente pega as coisa mais rápido,estou senta?

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  7. Tenho um filho de 4 anos e meio que ainda não fala nada. A terapia ocupacional deu um relatório falando que ele tem transtorno invasivo do desenvolvimento, isso pode ser autismo?

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    1. Meu filho aos 2 anos e pouco de idade teve o mesmo diagnóstico e posso te dizer que, é autismo sim. Dois anos depois um psiquiatra bem conceituado no assunto me garantiu que é só um outro nome que certos profissionais dão para a mesma coisa.

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  8. warren buffett... leia a biografia dele roger lowentein. abs

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  9. muito legal aprendi varias coisas sobre a sindrome de asperger o meu filho foi diagnosticado com essa sindrome se alguém tiver sugestões de como ajudar camposferreira06@gmail.com valeu Alisson, Lagoa vermelha,rs

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  10. Deus abençoe seu trabalho!

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  11. olá Nataly...
    eu tenho um filho de 5 anos que somente agora foi diagnosticado q ele é autista...
    comecei a ler muito sobre o assunto...
    gostaria de saber de vc...seria muito importante pra mim..
    q tipo de tratamento vc realizou durante a sua vida? desde criança? através de remédios? homeopatia?...
    e hoje? vc realiza q tipo de tratamento?
    muito obrigado... Reginaldo

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    1. Olá Reginaldo!

      Como fui diagnosticada já quando adulta, aos 25 anos. Quando criança ia para psicólogos, mas nunca desconfiaram na época, apesar de ter muitas das características do autismo. Hoje sou acompanhada pelo meu psiquiatra que me diagnosticou e uso medicamentos só quando realmente é necessário. Abraços.

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  12. Muito bom o artigo!parabéns,esclareceu muitas duvidas!

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  13. Olá Natay, foi bom ler a sua matéria, minha filha de 3 anos e meio acabou de receber o diagnostico, fiquei sem chão, mas pessoas assim como voces, ajudam a gente a seguir em frente e ver que a vida é feita de lutas mesmo.

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  14. Muito bom, seu blog! tenho um filho adotivo, que desde pequena vinha sofrendo, ninguém me dizia exatamente o que ele tinha. há quase 5 anos de acompanhamento com psicólogo. Só agora aos 16 anos foi diagnosticado com Síndrome de Asperger. Ele esta no 2° serie do ensino médio. Acredito que agora ele vai sofrer menos. Parabéns pelas informações. Um grande abraço.

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  15. olá, achei seu blog maravilhoso, estou terminando a minha pós graduação em educação especial, e minha monografia será sobre autismo, então gostaria de saber se você poderia participar de minha entrevista. Pode me enviar seu email para que eu possa encaminhá-la pra você. Abraços Edimari

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  16. Parabéns querida!!! Eu sou mãe de um ASPIE maravilhoso e gostei muito das suas postagens...um bjo

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  17. oi! meu nome é Daiane e tenho uma filia chamada Natalie similar ao seu nome de 14 meses,mas ela não e autista e sim meu filho Natan de 5 anos que tem autismo com um grau moderado a severo eu e meu marido adoramos o teu blog ficamos felizes que tenha pessoas como você que tirem as duvidas de pessoas que estão entrando nesse mundo agora, por que sabemos o quanto e difícil abraso!

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  18. Oi! tenho gemêos autistas, eles foram diagnosticados com 3 anos, hoje eles tem 6, desde que foram diagnosticados eles começaram a frequentar escola especial(AMA) e ensino regular, hoje eles ja fazem bastante coisas sozinhos só q ainda não falam. Gostaria de saber se as crianças com autismo demoram muito para falar.

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  19. Ola Nataly, sou pai de um "Aspie", um garoto belo e feliz, parabéns pelo seu blog apenas sugerindo, no blog onde esta escrito "O autor da famigerada teoria evolucionista", que tal tirar o famigerada, pois é uma teoria científica que merece todo o crédito. Edgar

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    1. Olá Edgar, tudo bem? conforme o solicitado, já retirei o vocábulo "famigerada". Essa matéria foi retirada de um site, sua fonte está no início do texto. Obrigada por acompanhar e gostar do meu trabalho, abraços!

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  20. ola eu tambem tenho um filho que faz terapia desde os 2 anos e no proximo mes ele tera sua ultima consulta para o diagnostico,mas a medica ja me adiantou que ele tem sim a sindrome . ele se alfabetizou sozinho com 1 e meio aos 3 ele comecou a ler e agora com 4 ele ja eh capaz de ler alguns livrinhos.nao eh facil educar uma crianca com um iq quase igual ao seu,mas vivo nos Eua e sou imeeennsamente grata a esse pais pq meu filho tem todo o suporte necessario e sem custo nenhum

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  21. alguem perguntou como fazer pra melhorar olha aki meu filho comecou a fazer terapia aos 2 em casa ele tinha uma professora 5 dias por semana e terapia da fala uma vez por semana agora ele esta na escola com educacao especial e as vezes os problemas aparecem por causa do social q no eh dos melhores mas sabemos que eh uma caracteristica da sindrome,mas a neurologista pensa que ele tb sera capaz de ir a uma faculdade assim como vc Nataly parabens pela sua garra vc merece !!!!!!

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  22. muito bom mesmo naty assim as pessoas podem acabar vcom os tabus

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  23. olha vc esta de parabéns meu filho e um autista não parece que ele não e mais e ele não fala muita coisa ele tem 4 anos muito obrigado por eu saber que muitos gênios foi autista e vc e uma genia fk com deus

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  24. Olá, meu filho está com alguns sintomas da símdrome e estou a procura de um bom profissional para o diagnóstico. Por favor, se alguem tiver alguma indicação de um profissional especializado em crianças autistas eu agradeço. Eu estou localizada em São Paulo-SP.

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    1. Envie um email para mim, jc_bertin@terra.com.br, se ainda precisar de uma indicação. Tenho uma neuro especializada em criança que é "top".

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  25. Olá, meu filho está com alguns sintomas da símdrome e estou a procura de um bom profissional para o diagnóstico. Por favor, se alguem tiver alguma indicação de um profissional especializado em crianças autistas eu agradeço. Eu estou localizada em São Paulo-SP.

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  26. Sou uma pessoa com mais de 60, e só agora descobri que todo aquele mistério que me cercava não era nada além de autismo. Que bom poder falar com quem nos entende... ou não :|

    Sempre fui tratada como uma inútil, até pelos meus pais, prova de que o ser humano não tem amor no coração.

    Então, por que vou me desesperar nesta altura da vida? Ninguém nos compreende e agora arranjaram um nome bonitinho para o mal daqueles que sofrem na sociedade: autismo.

    Agora, não preciso de mais nada. Só quero viver em paz e curtir minha aposentadoria na solidão do meu lar e do meu computador. E curtir a arte que me faz tão bem.

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  27. Olá Nataly e pra quem está lendo meu nome e Denise moro no PA...tenho um sobrinho de 4 aninhos,recente descobrimos q ele é autista minha irmã está sofrendo muito e tb estamos desconfiando q ela tb e autista so agora com varias informações na tv e em sites tomamos acessos a esse assunto....n ta sendo fácil mas sei que nosso pequeno Arthur vai ser vitorioso....quem quiser me dar mas informações como lidar ou tipo de especialistas pra amenizar meu Facebook e Dêh Monteiro ou whatsapp 0xx9192986921 bjus e força a todos

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  28. Estamos nos juntado para conseguirmos realizar políticas públicas para autistas e pra eles cada pessoa é muito importante! Parabéns pela sua iniciativa!

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  29. Estamos nos juntado para conseguirmos realizar políticas públicas para autistas e pra eles cada pessoa é muito importante! Parabéns pela sua iniciativa!

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    1. É essa atualmente a minha pretensão também, tenho 1 filho que com 2 anos quase deixou de falar e agora com 23 anos que é bastante funcional, sempre o tratei em terapias alternativas, nunca tomou as ritialinas nem nenhum desses medicamentos. Hoje faz auto terapia em termos de contactos com estranhos.

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  30. Olá, Nataly! Estou cursando Licenciatura em Música, tenho 62 anos, mãe de 4 filhos e 2 netos. Ano p.p tive algumas experiências inesquecíveis com autistas qdo. fiz estágio, por isso resolvi pesquisar e fazer o meu TCC investigando o poder terapêutico da música na vida do autista. Parabéns por seu blog e muito obrigada pelas informações compartilhadas conosco. Um abraço! Deus te abençoe!

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  31. Hélio Arruda

    Tenho um filho autista,procuro lidar com ele como se ele não estive-se qualquer tipo de deficiência,procuro diversificar brincadeiras e crio situação do seu mundo.

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  32. Ola
    gostei muito do blog, ate hoje não tenho um laudo fechado da minha filha, ele tem muitos sintomas de autismo, após um trauma e uma mudança brusca de rotina ela apresentou muitos sintomas, mas tem uma coisa que confunde os medicos, como ela falar e quando quer consegue interagir, mas pelos testes que eu tenho feito (sou psicopedagoga, e a 8 anos trabalho com crianças especiais, hoje estou no 6 semestre de psicologia) e observações eu, a psicologa, o neuro e o neuro pediatra desconfiam que ela seja autista, em grau leva, estao investigando se pode ter ligação com o tumor que ela possui no cerebro. Hoje ela esta crescendo e melhor a cada dia. Obrigada pelo blog. Bjs

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